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Lula volta a criticar Congresso e diz que ‘nunca esteve tão ruim como hoje’

Presidente fez novo ataque à composição do Legislativo e cobrou união da esquerda para conquistar maioria nas eleições de 2026

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Lula critica a atual composição do Congresso, afirmando que nunca esteve tão ruim.
  • O presidente menciona a rejeição da PEC da Blindagem, que visava proteger deputados e senadores de inquéritos.
  • Ele convoca partidos de esquerda a se unirem para conquistar maioria nas eleições de 2026.
  • Lula destaca a contradição entre o apoio presidencial e a fraca votação legislativa para seu partido e aliados.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Rio de Janeiro (RJ), 15/10/2025 – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva durante evento comemorativo do Dia do Professor, no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Nesta semana, Lula criticou Congresso em evento com Motta Tomaz Silva/Agência Brasil - 15.10.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o Congresso Nacional nesta quinta-feira (16), afirmando que “o Congresso nunca esteve tão ruim como está hoje”. Foi a segunda vez nesta semana que o petista fez comentários públicos sobre a baixa qualidade que, na visão dele, marca a atual composição do Legislativo.

“Quem é deputado sabe que o Congresso nunca esteve tão ruim como está hoje, com gente que não está qualificada para ser deputada, a não ser para fazer provocação e para fazer pergunta com o celular na mão, só para fazer propaganda na rede dele”, afirmou Lula.


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Para justificar as críticas ao Congresso, o presidente lembrou da chamada PEC (proposta de emenda à Constituição) da Blindagem, que foi rejeitada pelo Senado após ser aprovada na Câmara. A proposta determinava que caberia ao parlamento autorizar ou não a abertura de inquéritos contra deputados e senadores ou a prisão em flagrante de congressistas.

Segundo Lula, a PEC “protegia a quadrilha” por também prever imunidade para dirigentes partidários.


“Esses dias tentaram aprovar uma PEC na Câmara que protegia a quadrilha Vocês sabem disso? Uma que dava ao presidente do partido um direito de imunidade. Que loucura é essa? Aonde é que nós vamos parar? Como é que o povo vai acreditar em democracia? A democracia tem que ser uma palavra-chave que o povo acredite”, pontuou o presidente.

As declarações ocorreram durante a abertura do 16º Congresso do PCdoB, em Brasília, diante de dirigentes de partidos aliados e lideranças da esquerda.


Baixo nível

Nessa quarta-feira (15), durante cerimônia de comemoração do Dia do Professor, no Rio de Janeiro, Lula tinha dito que o parlamento vive um momento de “baixo nível” por causa dos políticos de direita.

A declaração ocorreu ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).


“O Hugo [Motta] é presidente desse Congresso. Ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior. A gente não pode ter um presidente que nega que existiu a Covid, que nega a vacina”, comentou.

Crítica à fragmentação da esquerda

Durante o discurso no evento do PCdoB nesta quinta, Lula também fez um apelo aos partidos progressistas — como PT, PCdoB, PDT, PSB e PSD — para que se preparem de forma conjunta para as eleições de 2026.

Ele afirmou que o principal desafio é conquistar maioria no Congresso, condição que considera essencial para promover mudanças estruturais no país.

“Como é que a gente vai se preparar para enfrentar essa máquina e fazer com que a gente tenha um Congresso e possa ser maioria para fazer transformações de verdade que nós temos que fazer nesse país?”, indagou.

O presidente voltou a apontar uma contradição histórica: embora o PT e aliados consigam votações expressivas nas disputas presidenciais, o mesmo não se reflete nas eleições legislativas.

“Só dá nós para a Presidência. Só dá nós. Ou somos campeões, ou vice-campeão. Por que essa votação não reflete para deputado e para senador?”, questionou.

“Esse ano de 2026 a gente vai ter que fazer mais do que a gente já fez”, acrescentou Lula, completando que o discurso da esquerda deve ser “para o povo brasileiro” e “para aqueles que trabalham”, sem dar muita importância para a Faria Lima.

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