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'Luta do bem contra o mal', diz Bolsonaro sobre Guerrilha do Araguaia 

No Tocantins, presidente afirmou que inflação e alta no preço dos combustíveis são consequências alheias ao seu governo

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro

Em agenda pública em Xambioá, no Tocantins, o presidente Jair Bolsonaro chamou de "luta do bem contra o mal" a Guerrilha do Araguaia, que fez o país virar réu internacional por violações de direitos humanos durante a ditadura. O chefe do Executivo também afirmou que a inflação de dois dígitos e a alta no preço dos combustíveis são consequências da política sanitária adotada por governadores e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

No início de seu discurso, Bolsonaro declarou que a agenda pública ocorre em "uma cidade que marcou, em 1973, a luta do bem contra o mal". Segundo o presidente, o bem venceu. "Derrotamos os comunistas, aqueles que queriam fazer do Brasil uma Cuba. O povo brasileiro é assim: se chamado for, se preciso for, dará sua vida por democracia e por liberdade", disse.

A Guerrilha do Araguaia foi um agrupamento de militantes contrários à ditadura militar que acreditavam que a revolução teria sucesso apenas se acontecesse no interior rural do país.

Entre 1972 e 1975, a guerrilha foi alvo de uma ação do Exército brasileiro, que queria reprimir e acabar com o movimento, formado em sua maioria por membros do PCdoB, que escolheu a região no sul do Pará, na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, como palco de treinamento.

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No período, os agentes da ditadura teriam cometido graves violações aos direitos humanos – os militares são acusados de sessões de tortura, estupros e mutilações, e também foram responsabilizados pelo desaparecimento de pessoas. Estima-se que 70 desaparecidos políticos tenham sido mortos.

Bolsonaro voltou a criticar a política sanitária adotada por governadores e disse que esteve ao lado da população durante o período da pandemia de Covid-19. O presidente também criticou gestões petistas, defendeu a "família" e afirmou ser contrário ao aborto e à chamada "ideologia de gênero".

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"Estou aqui porque acredito em Deus. Estamos aqui porque acreditamos em Deus. E eu estou aqui porque acredito em vocês. Não uma nova forma de fazer política, mas a forma correta de fazer política tem, realmente, feito a diferença ao longo desses três anos e três meses", disse.

Na sequência, o chefe do Executivo declarou que "temos tudo para mudar o destino" do país. "Reconheço os problemas que temos enfrentado: inflação nos alimentos e preço dos combustíveis. Consequência da política do 'fique em casa e economia vê depois', e consequência também de outros fatores, como a guerra a 10 mil quilômetros daqui", completou.

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As declarações ocorreram durante cerimônia alusiva à visita às obras de construção da ponte de Xambioá, entre o Tocantins e o Pará, que beneficiará 500 mil pessoas e eliminará a necessidade de travessia por balsa, segundo o governo.

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Durante o evento, a prefeita de Xambioá, Patrícia Evelin, convocou os presentes no ato para cantar parabéns a Bolsonaro, que completou 67 anos nesta segunda-feira (21).

Estiveram presentes na cerimônia os ministros Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Gilson Machado (Turismo). O evento também contou com a presença do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que chamou Bolsonaro de "o maior presidente da história do Brasil" e recebeu afago do mandatário em seguida.

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