Mais de 100 gestantes foram atendidas nos primeiros meses de funcionamento de UTI especial
Dez leitos do Hospital Materno Infantil de Brasília são exclusivos para mulheres com gravidez de risco
Brasília|Do R7, com informações da Agência Brasília
Mais de 100 pacientes foram atendidas nos primeiros quatro meses de funcionamento da primeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Materna da rede pública de Saúde do DF, inaugurada em junho no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB).
A unidade possui 10 leitos exclusivos para gestantes de risco e é considerada uma das poucas UTIs exclusivas para mulheres no País, além de contar com equipamentos modernos para garantir o conforto e a segurança da equipe e pacientes.
Segundo o chefe da unidade, Elton Luiz Berça, há grande sucesso no tratamento de casos complexos:
— Foi investido cerca de R$ 1 milhão para ampliar o acesso e qualificar a assistência à população. Contamos, ainda, com uma alta taxa de recuperação das pacientes porque conseguimos tratar precocemente as complicações.
20% dos moradores de rua do DF são crianças
A paciente Joseles Batista, 36 anos, moradora de Planaltina, foi atendida no HRAN e transferida para a UTI Materna do HMIB. Hipertensa há 10 anos, apresentou complicações na gravidez, entre elas a pré-eclampsia.
— Fui muito bem atendida. Fiquei até sem jeito com toda atenção e carinho que recebi no hospital.
Segundo a coordenadora geral da Asa Sul, Roselle Bugarin Stenhouwer, o próximo passo para aperfeiçoamento da assistência é a maior divulgação do serviço entre os chefes de ginecologia das regionais e a parceria afinada com a equipe de regulação de leitos para direcionar as pacientes com o perfil.
Conforme dados da Secretaria de Saúde, o HMIB atende 600 mulheres grávidas em trabalho de parto mensalmente e é referência na rede de saúde em partos de alto risco.
De acordo com Elton Berça, as complicações apresentadas na gravidez mais recorrentes nas mulheres internadas são: em primeiro lugar, a hipertensão própria da gestação, chamadas de pré-eclâmpsia e eclâmpsia; em segundo, choque hemorrágico, quando ocorre perda de sangue significativa, além da insuficiência cardíaca e convulsões.