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Márcio França e Luciana Santos podem ser remanejados em reforma ministerial

Governo analisa ideia de trocar ministros de pastas para acomodar mais partidos do centrão na Esplanada dos Ministérios

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

O ministro Márcio França pode assumir nova pasta
O ministro Márcio França pode assumir nova pasta

A reforma ministerial a ser anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode mudar as funções de dois atuais ministros do governo. Segundo apurou o R7, para incluir mais partidos do centrão na Esplanada, o chefe do Executivo cogita fazer um remanejamento do ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Lula disse nesta terça-feira (29) que vai criar um novo ministério. A pasta vai cuidar das pequenas e médias empresas, cooperativas e empreendedores individuais. Uma tese que tem ganhado força no governo é de que essa nova estrutura deve ser chefiada por França ou Luciana.

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Uma eventual troca das atuais funções dos dois ministros pode acontecer porque a nova pasta não interessa aos partidos do centrão que buscam ingressar no governo. O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que já foi confirmado como futuro ministro de Lula, deve ficar com o Ministério dos Portos e Aeroportos.

Dessa forma, França pode ser deslocado para o ministério que vai ser criado ou assumir a pasta chefiada por Luciana. Nesse segundo cenário, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação seria realocada para o futuro ministério de pequenas e médias empresas, cooperativas e empreendedores individuais.


Negociação com o PP

Outro ponto da reforma ministerial envolve o PP, que tem feito pressão para ficar com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Lula, no entanto, resiste em entregar a pasta.

Para chegar a um meio-termo em relação ao ministério chefiado por Wellington Dias, Lula cogita criar uma nova estrutura para cuidar apenas de benefícios sociais, entre eles o Bolsa Família, e deixar a atual pasta com as atribuições de controlar projetos de segurança alimentar e nutricional e de assistência social.

A ideia, no entanto, não agrada ao PP, que gostaria de comandar o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome sem que haja nenhum tipo de divisão.

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