Marconny confirma à CPI convite da Precisa para assessoramento
O trabalho seria para uma licitação de testes rápidos. Questionado sobre ida à empresa, ele usou o direito de ficar calado
Brasília|Isabella Macedo e Kelly Almeida, do R7, em Brasília
Em depoimento à CPI da Covid na manhã desta quarta-feira (15), o advogado Marconny Albernaz de Faria, apontado como lobista que atuava na administração pública em favor da Precisa Medicamentos, negou ser lobista da Precisa, como já era esperado pelos integrantes da CPI. O depoente, no entanto, disse que a empresa o sondou para a prestação de serviços de assessoramento em uma licitação de testes rápidos.
O advogado disse que não participou do trabalho, mas confirmou que fez um relatório. Disse que, apesar disso, não recebeu nenhum pagamento da Precisa Medicamentos. Questionado se esteve no escritório da empresa e quantas vezes, fez uso do direito de permanecer calado.
Questionado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Albernaz confirmou que comemorou seu aniversário, em dezembro, no camarote de Jair Renan, filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma festa no estádio Mané Garrincha.
Albernaz deveria ter prestado depoimento à CPI no início do mês, mas chegou a apresentar um atestado de 20 dias para justificar o não comparecimento. Dada a longa dispensa médica, os senadores suspeitaram de um artifício para “fugir” da CPI e pediram que o hospital Sírio Libanês, onde o advogado afirmou estar internado, confirmasse a versão de Albernaz. Horas depois, o médico que assinou o atestado falou com a secretaria da CPI para comunicar aos senadores que desejava cancelar o documento.