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Mauro Cid deixa sede da Polícia Federal após novo depoimento

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi ouvido no inquérito sobre a invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça

Brasília|Do R7, em Brasília

Mauro Cid está preso desde 3 de maio
Mauro Cid está preso desde 3 de maio

O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), prestou um novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (28), em Brasília. Ele tinha sido interrogado na sexta-feira (25), mas precisou ser ouvido pela corporação outra vez, porque o sistema da PF falhou e não registrou o depoimento. Cid foi ouvido no inquérito que investiga a conduta do hacker Walter Delgatti Neto na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos falsos, entre eles alvarás de soltura, no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

O ex-ajudante de ordens chegou a solicitar o acesso aos autos novamente antes de prestar declarações nesta segunda-feira — agora ciente do conteúdo do interrogatório.

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Em oitiva na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, na última semana, Delgatti Neto afirmou que teria se encontrado com o ex-presidente Bolsonaro no Palácio do Planalto. Na ocasião, o então presidente teria determinado, "na presença de testemunhas", que o Ministério da Defesa investigasse a "suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral" e teria pedido ao hacker que fraudasse uma urna com o objetivo de pôr em dúvida o processo.

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Mauro Cid é ouvido porque, como ajudante de ordens de Bolsonaro, acompanhava o ex-presidente em praticamente todos os compromissos.

Cid está preso desde 3 de maio. Ele é investigado por participação em um esquema de fraude em cartões de vacinação e em tentativa de golpe de Estado. O tenente-coronel do Exército também é investigado no caso das joias estrangeiras dadas a Jair e Michelle Bolsonaro e no caso dos atos extremistas de 8 de janeiro. À Polícia Federal, ele já prestou pelo menos seis depoimentos.

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