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Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal nesta tarde (18). Ele e o pai, general Mauro Lourena Cid, foram ouvidos simultaneamente. Mauro Cid depôs às 15h, e o general Mauro Lourena Cid foi interrogado, por vídeo, na Superintendêcia da PF, no Rio de Janeiro. As perguntas durante a sessão trataram das negociações e venda de joias recebidas como presente por Bolsonaro.
O general e o tenente-coronel foram ouvidos a respeito de uma joia que tinha existência, até pouco tempo, desconhecida pelos investigadores. A peça foi descoberta durante uma viagem da equipe da PF para diligências nos Estados Unidos, entre abril e maio deste ano. Em uma das joalherias que o investigadores visitaram, os funcionários apresentaram o vídeo de uma joia, enviado para negociação por uma pessoa do grupo do ex-presidente.
Em uma conversa com jornalistas na última semana, o diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a descoberta dá robustez ao relatório policial, que deve ser entregue até o fim deste mês. Para os investigadores, a nova peça evidencia dolo por parte de Bolsonaro e seus aliados, uma vez que ela não foi citada em nenhum dos depoimentos, até então.
Em declarações à imprensa, Bolsonaro chegou a afirmar que não queria ficar com nenhuma das joias, que devolveria tudo e que não havia dolo.
O inquérito das joias, como ficou conhecido, deve indiciar Jair Bolsonaro, Mauro Cid e seu pai, além de outros aliados de Bolsonaro, até o final de junho. A defesa de Mauro Cid antecipou que o cliente não sabe da existência e negociação de nenhuma outra joia alem das que já foram mencionadas.