Médico preso por abandonar a mãe queria garantir 'cuidados necessários' para ela, alega defesa
Idosa de 93 anos continua internada e hospital garante que ela pode continuar o tratamento em casa; filho foi preso na quarta-feira (17), no DF
Brasília|Rafaela Soares, do R7, e Pedro Canguçu, da Record TV
A defesa do médico Lauro Estevão Vaz Curvo, preso por abandonar a mãe de 93 anos em um hospital do Distrito Federal, afirmou que o homem esteve presente em todos os momentos da internação da idosa e “teve o cuidado de não tomar decisões precipitadas e levá-la para casa sem todos os cuidados necessários para o seu bem-estar”. Curvo foi solto em audiência de custódia nesta quinta (18). O Hospital Militar de Área de Brasília (HMAB) informou que a paciente permanece internada e tem condições que continuar o tratamento em casa.
Porém, a decisão proíbe que Curvo saia do DF por mais de 30 dias sem comunicar à Justiça. O médico de 61 anos foi preso nesta quarta (17) após o hospital informar às autoridades que sua mãe havia recebido alta há mais de 30 dias e o filho teria se recusado a levá-la para casa. Essa não é a primeira vez que o médico vira alvo de uma ação policial. Em 2016, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a perda de cargo público de Curvo após uma condenação de abuso sexual de duas pacientes.
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Em 2021, Curvo também teve o registro profissional cassado pelo Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF) pela condenação de abuso sexual de duas pacientes. A decisão do CRM ocorreu cinco anos depois de o STJ confirmar a condenação do médico a 5 anos e 11 meses de prisão e a perda do cargo público que exercia no governo.