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Megaoperação no Rio reacende debates sobre segurança e crime organizado no Congresso

Câmara debate proposta ‘antiterrorismo’ e fecha cronograma à PEC da Segurança; Senado avança com CPI do Crime Organizado

Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A megoperaçãopolicial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho reacende o debate sobre segurança pública no Congresso.
  • Senado instala CPI do Crime Organizado e aprova lei que endurece combate a facções criminosas.
  • Na Câmara, pauta inclui PEC da Segurança e projeto ‘antiterrorismo’ que deve ser discutido entre líderes partidários.
  • Proposta do governo busca unificar políticas de segurança, enquanto oposição contesta a centralização e suas implicações.

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, anunciaram avanços ligados a pauta da Segurança Saulo Cruz/Agência Senado/Arquivo

A megoperação policial no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que deixou ao menos 121 nos complexos do Alemão e da Penha, reacendeu o debate sobre segurança pública no Congresso Nacional. O tema deve dominar as discussões entre parlamentares nos próximos dias.

No Senado, a agenda avança com a instalação da CPI do Crime Organizado, prevista para terça-feira (4), e com a recente aprovação da lei que endurece o combate a facções criminosas, já sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


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Na Câmara, a pauta também ganha força. Deputados definiram o cronograma de votação da PEC da Segurança, enviada pelo governo federal, e intensificam as conversas sobre o projeto conhecido como “antiterrorismo”, que deve ser discutido entre líderes partidários.

Além disso, o Congresso deve começar a analisar o projeto de lei antifacção, assinado por Lula e enviado ao parlamento nessa sexta-feira (31).


O texto cria pela primeira vez na legislação brasileira a figura da “facção criminosa” e estabelece punições mais severas para crimes cometidos sob seu comando.

De acordo com o texto, a atuação de facções voltadas ao controle de territórios ou atividades econômicas mediante o uso de violência, coação ou ameaça poderá ser punida com penas de 8 a 15 anos de prisão.


Homicídios praticados por ordem ou em benefício de facções criminosas passarão a ser enquadrados como crimes hediondos, com penas de 12 a 30 anos de reclusão.

CPI do Crime Organizado

A comissão de inquérito no Senado vai investigar facções e redes criminosas no país, levantando informações sobre sua estrutura e funcionamento.


“É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, declarou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A relatoria deve ficar com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Entre os nomes indicados para compor o colegiado estão os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sergio Moro (União-PR), de oposição.

No grupo governista, foram confirmados Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa, e Rogério Carvalho (PT-SE), líder do partido no Senado.

PEC da Segurança

A proposta enviada pelo governo busca unificar políticas de segurança pública sob coordenação da União, ampliando a capacidade de ação federal.

O relator da PEC na Câmara, deputado Mendonça Filho (União-PE), deve apresentar o parecer dele até 4 de dezembro, conforme o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O governo defende que a medida cria uma gestão integrada da segurança nacional, enquanto a oposição argumenta que a centralização pode reduzir a autonomia dos estados.

Projeto Antiterrorismo

Outro ponto de debate é o projeto em análise na Câmara que equipara organizações criminosas ao terrorismo. A proposta prevê penas de até 30 anos de prisão para integrantes de milícias e facções.

Críticos avaliam que a medida pode ter implicações políticas e jurídicas amplas, ao associar crimes internos a um conceito internacional.

O texto será conduzido por Guilherme Derrite, secretário de Segurança de São Paulo, que deixará o cargo temporariamente para reassumir o mandato de deputado federal e defender o projeto.

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