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Mendonça determina prisão domiciliar de mulher de ex-procurador do INSS, mãe de bebê de 1 ano

Thaísa Hoffmann Jonasson e Virgílio de Oliveira Filho foram presos pela Polícia Federal na última quinta-feira

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro do STF, André Mendonça, determina prisão domiciliar para Thaísa Hoffmann Jonasson, mulher do ex-procurador do INSS.
  • Ambos foram presos pela Polícia Federal por envolvimento em pagamentos suspeitos de mais de R$ 5 milhões relacionados ao lobista Antônio Camilo.
  • A defesa de Jonasson argumentou que ela é mãe de um bebê de 1 ano e 4 meses, o que influenciou a decisão do ministro.
  • Virgílio, o marido de Jonasson, foi afastado da Procuradoria do INSS em uma investigação sobre desvios de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias.

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Mendonça acolheu os argumentos apresentados pela defesa de Jonasson Carlos Moura/STF/Arquivo

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça determinou neste sábado (15), a prisão domiciliar de Thaísa Hoffmann Jonasson, mulher do ex-procurador-geral do INSS Virgílio de Oliveira Filho. Ambos foram presos pela Polícia Federal na última quinta-feira (13), por causa dos pagamentos de mais de R$ 5 milhões que Jonasson recebeu de empresas do lobista Antônio Camilo, o “Careca do INSS”.

Mendonça acolheu os argumentos apresentados pela defesa de Jonasson de que ela é mãe de um bebê de 1 ano e 4 meses, lactente, que ficou sob os cuidados da avó, de 73 anos, após a prisão dos dois responsáveis.


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“A decisão do ministro André Mendonça, que acolheu o pedido da defesa e converteu a prisão preventiva em domiciliar, representa uma vitória relevante para a garantia dos direitos fundamentais das mulheres mães e de suas crianças. Trata-se de um precedente que evidencia a importância de uma atuação técnica e humanizada” afirmaram em nota os advogados Izabella Borges, Bruna Borges e Maurício Moscardi.

O ministro determinou também o monitoramento eletrônico de Jonasson e a proibição de manter contato com os demais investigados, exceto o seu marido.


Virgílio, marido de Jonasson, foi nomeado para o cargo de procurador-geral do INSS pela primeira vez em 2020, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e permaneceu no cargo até 2022, quando passou a atuar como consultor jurídico do Ministério do Trabalho e Previdência.

Em setembro de 2023, já na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Virgílio foi renomeado para a Procuradoria-Geral do INSS. Ele foi afastado recentemente a pedido da Polícia Federal (PF) em decorrência da operação que investiga desvios de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias entre 2019 e 2024.


Na CPMI do INSS, o advogado Eli Cohen afirmou que o servidor autorizava as remessas de dinheiro para as associações e era o elo com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.

A PF afirma que o ex-procurador teria obtido um incremento patrimonial de R$ 18,3 milhões em decorrência da chamada “farra do INSS”. Segundo as investigações, ele teria incorporado ao patrimônio da família um Porsche de um lobista, transferido para o nome de sua esposa.


De acordo com a PF, Virgílio atuou formalmente para barrar o bloqueio de descontos em folha de aposentados e pensionistas. A medida havia sido determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) após auditoria. O ex-procurador justificou que a trava poderia ampliar as filas de “idosos e pessoas de baixa instrução” nas agências da Previdência.

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