Brasília Menino de 10 anos morre em acidente causado por PM no DF

Menino de 10 anos morre em acidente causado por PM no DF

Teste do bafômetro não foi realizado no local do acidente; colisão ocorreu próximo ao viaduto do Riacho Fundo I, na EPNB

  • Brasília | Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Viatura do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal

Viatura do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal

Divulgação/GDF

Um menino de dez anos morreu em um grave acidente de trânsito na madrugada desta terça-feira (16), na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), no Distrito Federal. O carro em que ele estava com os pais foi atingido por outro veículo, dirigido por um policial militar de 26 anos.

A colisão ocorreu próximo ao viaduto do Riacho Fundo I, por volta de 0h45. Com o impacto da batida, a criança sofreu traumatismo craniano e apresentava hemorragia intensa. Ele foi levado pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital de Base, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

A mãe da criança dirigia o automóvel e também foi levada ao hospital com dores no quadril e na perna. O pai não teve ferimentos, mas precisou ser hospitalizado em razão de uma crise nervosa.

Bafômetro não realizado no local

O policial que dirigia o outro carro saiu ileso e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele foi encaminhado à delegacia para registrar a ocorrência cerca de duas horas depois do acidente. O exame de alcoolemia só foi realizado depois, já no Instituto Médico Legal (IML).

O laudo anexado ao boletim de ocorrência aponta que o homem não estava embriagado. "Somente após a perícia será possível determinar a inexistência, concorrência ou exclusividade da culpa do condutor a fim de verificar qual delito poderá ser subsumido", diz o registro.

Em nota, a PM informou que o militar foi autuado por se recusar a fazer o teste do bafômetro. "O policial militar não ofereceu resistência, já tinha sido autuado, identificado e não houve necessidade de ser conduzido por uma guarnição. O crime de trânsito não é crime militar, por isso, ele vai responder na Justiça comum, depois de inquérito da Polícia Civil", informou a corporação. 

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