Ministério da Justiça estende prazo, e Força Nacional fica em terra indígena no Pará até fevereiro
Uso foi autorizado em setembro, e o período terminaria neste domingo; Funai cumpre decisões para a retirada de grileiros
Brasília|Do R7, em Brasília, com informações da Agência Estado
![Portaria foi publicada nesta segunda-feira](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/42AIWNV2WZOY3KUFKJADSPNQ4Y.jpg?auth=9f904dc9d50b67af2b8f3d2e01a5b1d57d29e47da41c05d1df96d4faceed8a9d&width=441&height=241)
O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou por 60 dias a presença da Força Nacional na Terra Indígena Ituna-Itatá, no Pará, em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que cumpre duas decisões judiciais na região. Com o novo prazo, o uso está autorizado até 15 de fevereiro do próximo ano. A portaria é da última sexta-feira (15) e foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda(18 ).
As ações, que estão na Justiça Federal da 1ª Região, determinam a retirada de não indígenas do local. Há indícios de atuação de grileiros e invasores, que desmatam espaços protegidos e criam gado na região. Até o momento, a operação Ehara Tapiro apreendeu e retirou mais de 1.700 animais da terra indígena, que foram encaminhados para a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepara).
Segundo a portaria, a Força Nacional atuará para preservar a ordem pública e garantir a segurança da população, além de proteger o patrimônio. Os agentes vão agir em articulação com os órgãos de segurança pública regionais.
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Uma das decisões judiciais determina a retirada de cabeças de boi criadas ilegalmente na área. Conforme o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também faz parte da operação, a Ituna-Itatá é uma das terras indígenas mais desmatadas do Brasil.
Em postagens nas redes sociais, a entidade denunciou que tem sofrido ataques desde o início da operação. Os relatos são de incêndios e de derrubada de pontes para dificultar os trabalhos dos órgãos. As equipes estão refazendo os equipamentos de infraestrutura destruídos para continuar a operação.