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Ministério da Saúde envia equipe do SUS para atuar em estados afetados por queimadas

Ação visa apoiar gestão local no enfrentamento às consequências da seca e da fumaça na saúde da população

Cidades|Iasmim Albuquerque*, do R7, em Brasília

Acre, Manaus e Porto Velho serão os primeiros a receberem apoio técnico Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde enviou equipes da Força Nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) para atuar em estados e municípios afetados pelas queimadas. A ação faz parte da Missão Seca e visa avaliar a situação e apoiar a gestão local no enfrentamento às consequências da seca e da fumaça na saúde da população. O apoio técnico começou na segunda-feira 16) no Acre e seguirá em Manaus e Porto Velho até esta sexta-feira (20).

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“Tanto o Ministério da Saúde quanto o do Meio Ambiente têm a palavra prevenção como chave. Iremos trabalhar junto com os governos locais para promover ações mais estruturantes para o plano de adaptação, mitigação e mesmo de transformação”, destaca a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Os outros estados também receberão o apoio técnico das equipes. Segundo a pasta, São Paulo receberá a Força Nacional nos próximos dias, visto que é a cidade com a maior população exposta às violações do padrão diário de qualidade do ar.

Líder em focos de incêndio

Na última sexta-feira (13), o Brasil registrou 3.800 focos de incêndio, liderando o ranking global. A Amazônia foi o estado mais afetado, concentrando 46% das áreas atingidas pelo fogo no país, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No ranking, Pará aparece em primeiro lugar com 740 focos de incêndio, seguido do Acre, com 441, e Tocantins, com 419.



Diante da seca, o Ministério da Saúde recomendou à população e aos gestores estaduais, ações para redução de danos à saúde. (Veja abaixo)


População:

Aumentar a ingestão de água potável e procurar locais mais frescos;


  • Evitar atividades físicas em áreas abertas;
  • Evitar ficar próximo dos focos de queimadas;
  • Pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos são mais vulneráveis aos efeitos à saúde decorrentes da exposição à poluição do ar e ao calor extremo e precisam de cuidados maiores e manutenção de consultas em dia;
  • Em caso de sintomas de náuseas, vômitos, febres, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas de cabeça, no peito ou abdômen, buscar atendimento médico.

Gestores:

  • Reforçar o atendimento nos serviços de atenção à saúde, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA);
  • Monitorar as informações de qualidade do ar, umidade relativa do ar e temperatura;
  • Monitorar oferta e qualidade da água e garantir à população o acesso à água potável, com pontos de distribuição e bebedouros públicos, em especial em áreas remotas e de maior vulnerabilidade social;
  • Garantir a oferta adequada de pontos de hidratação e nebulização, avaliando a necessidade de novas estruturas junto aos serviços de saúde (tendas e salas de hidratação);
  • Capacitar e orientar equipes de atenção à saúde para compartilhar informações com a população, identificar e manejar em tempo oportuno riscos e agravos à saúde, especialmente em pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos;
  • Reforçar ações de promoção e atenção à saúde mental.


*Sob supervisão de Leonardo Meireles

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