Ministra da Saúde pede apoio à população e ressalta que mortes por dengue são 'evitáveis'
Titular da pasta, Nísia Trindade destacou importância dos cuidados contra o mosquito e da busca por atendimento médico
Brasília|Edis Henrique Peres e Rafaela Soares, do R7, Brasília
A ministra da Saúde Nísia Trindade pediu a ajuda da população no combate ao mosquito Aedes aegypti e destacou que as mortes pela doença podem ser evitadas. Segundo a titular, o governo vai atuar para evitar os casos mais graves. “O mais importante nesse momento é nós afirmarmos que as mortes são evitáveis. Desde que haja hidratação, desde que haja o cuidado adequado”, ressaltou. Até o momento, o Brasil registrou 243,7 mil casos prováveis e 24 mortes confirmadas. Outras 163 são investigadas.
A declaração da ministra foi dada nesta quinta-feira (1º) em primeira reunião da pasta com secretários de saúde dos estados e municípios de todo o país na Organização Pan-Americana de Saúde. “A mensagem principal é que não há porque as pessoas morrerem de dengue. Há formas de evitarmos essas mortes e vamos trabalhar fortemente para isso”, disse Nísia.
Na manhã desta quinta, a ministra também anunciou que vai instituir um Centro de Operações de Emergência para coordenar as ações de combate ao mosquito no Brasil. A medida, segundo ela, “reforça a capacidade de mobilização e das ações de vigilância”.
“Também reforça a presença de outros ministérios, é o caso, por exemplo, do combate aos focos em pneus, terrenos abandonados, que requer uma grande mobilização. O Centro de Operações significa um estágio de mais estrutura para emergências e para nos anteciparmos aos locais onde novas emergências podem surgir”, disse.
A expectativa do Ministério é começar a entrega das doses da vacina já nesta próxima semana. Com a chegada das doses, a Ministra disse que os municípios têm autonomia para organizar a aplicação das doses dentro da faixa etária de 10 a 14 anos. “Lembrando sempre que a vacina não é uma solução para este momento de surto. Precisamos combater os focos do mosquito”, afirmou.