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Ministério dos Direitos Humanos anuncia ação após operação mais letal do Rio de Janeiro

A pasta promete medidas para garantir a dignidade das comunidades afetadas no Rio de Janeiro, com práticas adotadas pela ONU

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) se pronuncia sobre a operação policial letal no Rio de Janeiro.
  • Mais de 60 mortos foram registrados, incluindo quatro agentes de segurança, e 81 pessoas foram presas.
  • MDHC planeja medidas para proteger os direitos humanos e melhorar as condições das áreas afetadas pela operação.
  • Uma comitiva será enviada ao Rio para discutir estratégias de enfrentamento ao crime organizado com autoridades locais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Vista de carro incinerado por traficantes para tentar impedir o acesso de policiais no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo - 28.10.2025

O MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania) divulgou nesta quarta-feira (29) uma nota oficial sobre a operação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, considerada uma das mais letais da história do estado.

A ação, deflagrada na terça (28) pelas polícias Civil e Militar, deixou pelo mais de 60 mortos, entre eles quatro agentes de segurança, e 81 presos. Foram apreendidos quase 100 fuzis.


Em comunicado, o MDHC afirmou acompanhar “com atenção os desdobramentos da operação policial” e reforçou o compromisso de atuar na “promoção e proteção dos direitos humanos”, além de garantir a dignidade da população das áreas atingidas.

O ministério informou que uma equipe do Conselho Nacional de Direitos Humanos está em missão no Rio de Janeiro para ouvir familiares de vítimas, organizações de direitos humanos e autoridades locais. O Ministério Público estadual também acompanhará as perícias realizadas pelo IML.


De acordo com o texto, o governo federal articula medidas para melhorar as condições de trabalho das autoridades locais e aprimorar os protocolos de perícia e identificação de vítimas, com base em boas práticas internacionais.

O documento cita como referência as orientações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e do Protocolo de Minnesota, adotado pela ONU para investigações de mortes potencialmente ilegais.


Ação humanitária

Paralelamente, o ministério elabora uma estratégia de ação humanitária para apoiar autoridades e moradores afetados pela operação. O plano será desenvolvido em conjunto com órgãos federais e estaduais, sob coordenação da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

O governo federal também anunciou o envio de uma comitiva ao Rio de Janeiro para discutir medidas de enfrentamento ao crime organizado com o governador Cláudio Castro. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, colocou à disposição vagas no sistema penitenciário federal para reforçar o combate às facções criminosas.


Autoridades locais estimam que o número de mortos possa ultrapassar 120, o que transformaria a operação na mais letal já registrada no estado. A cidade entrou em estágio 2 de segurança durante a ação, mas retornou ao estágio 1 na manhã desta quarta, segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio.

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