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R7 Brasília

Ministério dos Esportes repudia ação de PM que atirou em goleiro durante jogo em Goiás

‘É inadmissível que profissionais do esporte sejam expostos a situações de tamanha agressividade’, disse a pasta em comunicado

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília


O Ministério do Esporte classificou como “inadmissível” a ação da Polícia Militar de Goiás durante um jogo da segunda divisão do Campeonato Goiano nessa quarta-feira (10), em que o goleiro Ramón Souza, do Grêmio Anápolis, foi atingido por uma bala de borracha disparada um policial militar que fazia a segurança do estádio. A partida aconteceu em Anápolis (GO), e segundo comunicado do time o atleta foi atendido ainda no campo pela equipe médica e encaminhado para um hospital da região.

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Segundo o ministério, é necessária uma revisão nos protocolos de segurança em arenas esportivas. “É inadmissível que profissionais do esporte, que dedicam suas vidas à prática e promoção do futebol, sejam expostos a situações de tamanha agressividade. Este episódio reforça a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos, garantindo que a atuação policial seja sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela proteção dos indivíduos”, disse a pasta.

O goleiro foi atO goleiro foi atendido pelo médico da equipe, que dentro da UTI móvel realizou os primeiros socorros Vinicius Canuto/Grêmio Anápolis/

A pasta também se solidarizou com o atleta e toda a equipe presente no campo, além de reiterar a confiança nas autoridades que vão assumir a investigação.

“É imperativo que se restabeleça a confiança na atuação policial, assegurando que episódios de violência não se tornem uma constante nos campos de futebol”.


Entenda o caso

Durante uma partida válida pela segunda divisão do Campeonato Goiano, entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste, uma confusão terminou com o goleiro Ramón Souza baleado na perna. Ele foi atingido por um tiro de borracha, disparado por um policial militar que fazia a segurança do jogo.

Segundo o Grêmio Anápolis, o tiro teria sido disparado por um policial da Companhia de Policiamento Especializado Vinicius Canuto/Grêmio Anápolis

A situação ocorreu após o fim do jogo, vencido por 2 a 0 pelo Centro Oeste.


O Grêmio Anápolis divulgou, por meio das redes sociais, uma nota repudiando a ação da PM e afirmou que o policial seria lotado no CPE (Comando de Policiamento Especializado).

O que dizem os envolvidos

  • Grêmio Anápolis

Por meio de nota, o time repudiou o ocorrido e disse que a ação foi “covarde”. “Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam no Estádio Jonas Duarte.”


Veja nota completa abaixo:

“O Grêmio Anápolis vem a público repudiar o lamentável, ridículo e revoltante acontecimento, no Estádio Jonas Duarte, na noite desta quarta-feira (10), pela décima segunda rodada da Divisão de Acesso.

Após o final da partida contra a equipe do Centro Oeste, nosso goleiro Ramon Souza foi atingido de forma covarde por um tiro de bala de borracha, efetuado por um policial da Companhia de Policiamento Especializado (CPE).

Um ato horrível, inacreditável e criminoso de alguém que deveria prezar pela segurança e integridade das pessoas, que ali estavam no Estádio Jonas Duarte. O dia 10 de julho fica marcado por um ato violento, sujo e horrível contra um de nossos jogadores, o que jamais será esquecido.

O GEA informa que entrará com medidas cabíveis, para que o responsável seja punido e que a justiça seja feita, para que este ato CRIMINOSO, não fique impune. Nosso goleiro foi atendido em campo pelo médico do GEA, Dr. Diego Bento, que dentro da UTI móvel realizou os primeiros socorros.”

  • Ministério do Esporte

A pasta classificou a ação como “desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar”, além de “inaceitável”.

Veja nota completa abaixo:

“É com grande consternação que o Ministério do Esporte tomou conhecimento dos lamentáveis acontecimentos ocorridos durante a partida de futebol entre Grêmio Anápolis e Centro Oeste, pela 12ª rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. A ação desproporcional e violenta por parte da Polícia Militar, que culminou no disparo de uma bala de borracha contra o goleiro Ramón Souza, é inaceitável e deve ser veementemente repudiada. Este tipo de conduta vai contra os princípios básicos de segurança e integridade física que devem ser garantidos a todos os envolvidos no esporte.

Nos solidarizamos com o jogador, vítima desta ação desmedida, e com toda a equipe do Grêmio Anápolis, que presenciou e sofreu os impactos deste ato de violência. É inadmissível que profissionais do esporte, que dedicam suas vidas à prática e promoção do futebol, sejam expostos a situações de tamanha agressividade. Este episódio reforça a necessidade urgente de uma revisão nos procedimentos, garantindo que a atuação policial seja sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela proteção dos indivíduos.

Reiteramos nossa confiança na capacidade das autoridades competentes em conduzir uma investigação rigorosa e transparente, que leve à responsabilização dos envolvidos e à implementação de medidas que impeçam a repetição de tais fatos. É imperativo que se restabeleça a confiança na atuação policial, assegurando que episódios de violência não se tornem uma constante nos campos de futebol.

Por fim, destacamos nosso compromisso com a promoção de um ambiente seguro e justo para todos os profissionais e amantes do esporte. Continuaremos lutando por um futebol onde o respeito, a segurança e a integridade física e moral de todos sejam prioridades absolutas, reafirmando nossa posição contra qualquer forma de violência e abuso.”

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