Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Ministério prepara nova orientação para a segunda dose da Janssen

Como a vacina continua sendo de uma dose, a ideia é aplicar apenas um e não dois reforços

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Vacina da Janssen, que deve ter apenas uma dose de reforço
Vacina da Janssen, que deve ter apenas uma dose de reforço Vacina da Janssen, que deve ter apenas uma dose de reforço

O Ministério da Saúde deve voltar atrás na orientação de aplicar duas doses de reforço da vacina da Janssen. A nota técnica com a mudança já foi escrita, cabendo ao ministro, Marcelo Queiroga, determinar sua publicação. A expectativa é que a pasta aguarde a deliberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o tema, cuja reunião está marcada para esta quarta-feira (24). 

Na semana passada, Queiroga havia anunciado que quem tivesse tomado a vacina de dose única receberia mais uma aplicação do mesmo imunizante depois de dois meses e teria mais um reforço cinco meses após as duas doses da Janssen.

No entanto, essa não é a orientação da própria fabricante. Na Anvisa, a Janssen submeteu pedido de autorização para reforço homólogo — ou seja, com a mesma vacina — para adultos a partir de 18 anos, no mínimo dois meses após a vacinação primária. Não está prevista uma terceira aplicação, tampouco a mistura de doses de diferentes farmacêuticas.

De acordo com a Janssen, estudos mostram que o reforço administrado dois meses após a dose única aumentaram os anticorpos de quatro a seis vezes. "Com o reforço após seis meses da dose única, os níveis de anticorpos aumentaram nove vezes após uma semana e continuaram a subir em 12 vezes quatro semanas depois da aplicação, independentemente da faixa etária."

Publicidade

A Janssen também solicitou à Anvisa a inclusão do uso do imunizante como dose de reforço para as vacinas da Pfizer e da Moderna, que têm tecnologia de RNA mensageiro.

Após anúncio do ministério em relação à Janssen, a Anvisa emitiu uma nota solicitando à pasta os estudos que haviam embasado a decisão. A agência não havia sido consultada antes da orientação e nem sequer havia recebido o pedido da farmacêutica.

Publicidade

Diante da indisposição, o ministério não chegou a enviar a orientação aos estados e municípios. Os mais de 2 milhões de doses da Janssen que deveriam ter sido entregues não chegaram a ser distribuídos, porque ficaram retidos para uma nova avaliação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

Leia também

Como os entes não receberam a nova remessa do imunizante, também não houve nenhuma aplicação precipitada com a orientação que deve ser revista.

Publicidade

Demais vacinas

No caso dos outros imunizantes aplicados no Brasil e que pressupõem a administração de duas doses, a orientação continua sendo uma dose de reforço para todos os adultos cinco meses após a conclusão do esquema primário. A preferência é pela administração da vacina da Pfizer como dose de reforço, podendo, na falta desta, ser aplicada a vacina da AstraZeneca ou a da Janssen. 

O Ministério da Saúde ainda precisa explicar à Anvisa o que embasou a decisão de misturar as vacinas, não tendo havido um pedido das próprias farmacêuticas. Mesmo requisitando os estudos e ressaltando a necessidade de considerar a relação dos benefícios frente aos riscos individuais, a Anvisa não deixou de reconhecer que a disponibilidade de doses de reforço "é importante para a manutenção da proteção contra a Covid-19". 

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.