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R7 Brasília

Ministra diz que fechamento de escolas por queimadas deve ser analisado caso a caso

Nesta terça-feira (17), pelo menos 28 escolas do Distrito Federal suspenderam as aulas devido à fumaça que atinge a capital

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Ministra diz não ter orientação sobre fechamento de escolas Rafael Nascimento/Ministério da Saúde - 16.09.2024

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta terça-feira (17) que não há, até o momento, orientação geral de fechamento de escolas durante as queimadas que atingem quase 60% do território nacional. “Às vezes, o ambiente da escola é até melhor do que da própria casa”, disse durante reunião dos Três Poderes para coordenar medidas de combate aos incêndios florestais.

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“Se coloca muito a questão de fechar as escolas. Não devemos ter uma orientação geral de fechamento das escolas. Porque isso não seria positivo, às vezes ao contrário. Às vezes, o ambiente da escola é até melhor do que a própria casa. Mas isso tudo tem que ser monitorado, caso a caso, com as prefeituras. Há uma ideia de que temos que ficar em casa. O importante é que nos ambientes em que nós estejamos existam cuidados. Nós não estamos reproduzindo os cuidados da pandemia de Covid-19″, disse Nísia.

Pelo menos 28 escolas do Distrito Federal suspenderam as aulas nesta terça-feira (17) devido à fumaça que atinge a capital do país desde o começo da semana, após um incêndio no Parque Nacional de Brasília destruir pelo menos 2 mil hectares. As chamas ainda não foram controladas e algumas regiões do DF amanheceram encobertas por uma neblina de fumaça.

Em nota, a Secretaria de Educação reforçou que a gestão escolar tem autonomia para avaliar a necessidade de suspender as aulas devido à fumaça e fuligem. “Caso a gestão da escola identifique riscos à saúde da comunidade escolar, está autorizada a suspender temporariamente as atividades, garantindo, posteriormente, a apresentação de um calendário de reposição das aulas”, explica.


Durante a reunião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que lhe parece anormal os incêndios florestais que atingem quase 60% do território nacional. O chefe do Executivo falou em ‘oportunismo’ e em aplicabilidade da lei com ‘plenitude’ para os criminosos, além disso, reclamou da falta de autorização judicial de primeira instância para investigar as queimadas.

Atualmente, o país registra diversos focos de incêndios florestais, que atingem quase 60% do território, e a Polícia Federal fala de ação criminosa em parte deles. De acordo com dados do governo, 58% do território nacional foi afetado pela seca neste ano. Em cerca de um terço do país, o cenário é de seca severa. O grande volume de queimadas prejudica a qualidade do ar e tem pressionado, então, o sistema de saúde devido aos problemas respiratórios. Um dos incêndios atinge o Parque Nacional de Brasília, a cerca de 15km do Palácio do Planalto.

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