Ministro Bruno Dantas, do TCU, é eleito para conselho que audita contas das Nações Unidas
De 2024 a 2030, o Tribunal de Contas da União será responsável por representar o país na auditoria das finanças da ONU
Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Bruno Dantas, foi eleito nesta sexta-feira (3) para compor o Conselho de Auditores das Nações Unidas de 2024 a 2030. É a primeira vez que um representante da corte de contas brasileira assume a função. Atualmente, a vaga é ocupada pelo Chile, que tem mandato até junho de 2024. O colegiado, que é responsável por auditar as contas da Organização das Nações Unidas, é composto de três auditores-gerais de instituições de controle de países-membros. Para ocupar o cargo, Dantas não precisa deixar a presidência do TCU.
O conselho é responsável por fazer a auditoria externa das contas das organizações integrantes do sistema ONU, além de seus fundos e programas. Além disso, o conselho faz auditorias operacionais que podem resultar em recomendações relativas a eficiência financeira, contábil e de controle.
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Em 2022, as despesas da ONU somaram US$ 67 bilhões. Desse total, o Conselho de Auditores auditou cerca de US$ 40 bilhões. O Brasil está entre os 12 maiores contribuintes da ONU.
O Brasil anunciou em maio de 2023 a sua candidatura para a função. Desde então, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem atuando com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, pela candidatura do país para compor o colegiado.
Quem é Bruno Dantas
Aos 44 anos, Dantas tomou posse como presidente do TCU em dezembro de 2022. É um dos ministros mais jovens a ocupar uma cadeira na corte de contas. Natural de Salvador, ele chegou a Brasília aos 19 anos. Foi na capital federal que concluiu a graduação em direito e iniciou a carreira na área pública, como servidor concursado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Ele foi também consultor legislativo do Senado por 11 anos.
Desde 2014, integra o quadro de ministros do TCU e atuou em assuntos como as recentes auditorias no processo eleitoral brasileiro. O trabalho do ministro foi fundamental para tranquilizar os eleitores e frear a disseminação de fake news sobre o pleito e as urnas eletrônicas.