Ministro da Agricultura desmarca presença na CPI do MST e justifica: 'Agenda extensa'
Carlos Fávaro seria ouvido na comissão na quinta-feira (17), no entanto, ele alegou que tem uma agenda extensa a cumprir
Brasília|Do R7, com informações da Agência Estado
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que não poderá comparecer à audiência pública na CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), marcada para a quinta-feira (17), em que ele seria ouvido. O ministro justificou que tem uma "extensa agenda ministerial" a cumprir, o que o impediria de participar da reunião na Câmara dos Deputados.
"Levamos a vosso conhecimento que, em razão da extensa agenda ministerial, não será possível o comparecimento na audiência em tela. Contamos com vossa compreensão e enviamos cordiais cumprimentos”, escreveu a coordenadora-geral de agenda, cerimonial e eventos da pasta, Rosane Henn, em e-mail enviado à comissão.
Fávaro não apresentou datas alternativas e nem sugeriu que os integrantes da comissão estipulassem uma nova data. Nesta quarta, Fávaro se reúne com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e participa da Marcha das Margaridas. O evento em Brasília, realizado de quatro em quatro anos, defende as pautas políticas de mulheres trabalhadoras rurais. Ele também tem agenda à tarde.
Acordo entre governo e oposição
Inicialmente, havia sido feito um acordo com o governo para que o Fávaro comparecesse à CPI na condição de "convidado”, em vez de "convocado”, o que tornaria a presença obrigatória. Porém, agora o governo tem a maioria dos membros da comissão, o que torna mais difícil que uma "convocação” seja aprovada.
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Os integrantes da comissão souberam da ausência do ministro nesta terça-feira (15), após um telefonema do ministério para a secretaria da CPI. O comunicado incomodou o relator, Ricardo Salles (PL-SP), que o chamou de "fujão” e "traidor do agro”.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) citou o caso do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que também foi convidado e, à princípio, não poderia comparecer na data marcada pela comissão. No entanto, Teixeira foi à sessão.
"Ele (Teixeira) mandou três opções de data para não fazer a audiência no dia 10. Como tinha ameaça de transformar o convite em convocação, ele cancelou a agenda e deu um jeito. Pode ser que o ministro Fávaro, pelo mesmo motivo, não pôde atender.”
Diferentemente de Teixeira, Fávaro não propôs uma nova agenda. O presidente da CPI, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), soube da mensagem apenas na manhã desta quarta-feira (16).