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Ministro de Minas e Energia diz que acompanha de perto riscos de desmoronamento em Maceió

Alexandre Silveira afirmou que fortalecer a Agência Nacional de Mineração é prioridade para evitar novos desastres

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, Brasília

Maceió está em estado de alerta com afundamento do solo
Maceió está em estado de alerta com afundamento do solo

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse neste domingo (3) que acompanha de perto a situação de Maceió, capital de Alagoas, que vivencia o risco de desmoronamento iminente no bairro de Mutange, onde fica a mina 18 da Braskem. Silveira afirmou que parte de sua equipe está na região e que no fim desta semana liderou a sala de situação que debate as medidas necessárias para evitar riscos aos moradores.

“Estamos extremamente diligentes e acompanhando de perto. Já recebemos a informação que não existe nenhuma família mais naquela área, o que era uma grande preocupação nossa”, afirmou. O ministro disse que agora espera as apurações e devidas responsabilizações sobre os danos causados à cidade.

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Em entrevista à imprensa na COP28, em Dubai, Silveira, que é do estado de Minas Gerais, lembrou-se das tragédias de Mariana e Brumadinho, com o rompimento de barragens que causou a morte, nos dois episódios, de quase 300 pessoas.

“De lá para cá, as políticas foram modernizadas, e acredito que o maior legado que podemos deixar é o fortalecimento da Agência Nacional de Mineração [ANM], uma das agências mais fragilizadas do Brasil, com uma estrutura muito aquém daquela de que precisa. Nosso grande desafio é chegar ao fim do nosso governo com ela fortalecida para incrementar políticas do ponto de vista da formulação de fiscalização e evitar acidentes”, afirmou.


Reparação de danos

O ministro de Minas e Energias acrescentou que se sente “indignado” com o acordo não assinado em dezembro do ano passado com as mineradoras envolvidas nos desastres em Brumadinho e Mariana.

“O Governo de Minas Gerais vinha bravatando que tinha um pré-acordo de R$ 100 bilhões para reparar os danos pessoais, ambientais e morais que as mineradoras causaram ao Brasil. Findado o governo Bolsonaro, contudo, o acordo não aconteceu, e descobrimos que esses tais R$ 100 bilhões não existem. As mineradoras falam em R$ 40 bilhões”, declarou.

O ministro disse que uma das prioridades ao retornar da COP28 é discutir o tema com as empresas para que um acordo seja assinado.

Transição energética

O ministro aproveitou a ocasião para defender a entrada do Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a partir de janeiro do ano que vem. Para ele, o ingresso do país é uma oportunidade de debater a transição energética.

“Precisamos dizer em alto e bom som que o Brasil é o líder da transição energética [do mundo]. Tivemos a coragem de enviar um projeto de lei ao Congresso extremamente moderno e ousado, que regulamenta a captura do carbono e pensa no olhar sustentável”, afirmou.

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