Ministro diz que distribuidoras de outros estados farão força-tarefa para reestabelecer energia em SP
Desde o último dia 11, a região enfrenta a falta de energia elétrica, depois de um temporal na noite de sexta-feira
Brasília|Do R7, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta segunda-feira (14) que as concessionárias de energia do país, entre elas Light, CPFL e Eletrobras, farão uma força-tarefa para reestabelecer a energia elétrica em São Paulo. Segundo Silveira, as distribuidoras vão ampliar a quantidade de profissionais empenhados na região, que é de responsabilidade da Enel. Desde o último dia 11, a região enfrenta a falta de energia elétrica, depois de um temporal na noite de sexta-feira (11) deixar cerca de 2,1 milhões de paulistanos sem luz e causar a morte de pelo menos sete pessoas.
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“A sua força tarefa extra [Enel], somadas as demais distribuidoras que estão aqui hoje, nós estamos ampliando de 1.400 para 2.900 profissionais, mais de 200 caminhões para ajudar essas equipes, fora os caminhões de mobilização da própria Enel e mais de 50 equipamentos”, disse.
Durante o anúncio, o ministro determinou, ainda, que a Enel reestabeleça a energia na cidade em até 3 dias e criticou a distribuidora por não estipular um prazo para o retorno da eletricidade.
“Ao contrário do que a Enel disse, que não tinha previsão de entrega dos seviços à população, eu deixei claro que ela [Enel] cometeu grave erro de comunicação, um grave erro em seu compromisso contratual com a sociedade de São Paulo, de não dar uma previsão objetiva. Eu disse para a Enel que ela tem os próximos três dias para resolver os problemas. Ela só vai poder, ao final desses três dias, apresentar, se necessário, questões pontuais de locais onde ela não consegue ter acesso por fato superveniente. Mas, de maneira geral, ela tem que restabelecer nos próximos três dias a parte mais substancial da energia do povo de São Paulo”, afirmou.
O apagão chegou ao quarto dia nesta segunda-feira, e 537 mil imóveis seguem sem luz há cerca de 60 horas na região metropolitana da cidade.
Silveira comentou também a revisão dos contratos de concessão de distribuidoras de energia. Segundo ele, atualmente, eventos climáticos são “expurgados” de contratos. “Eventos como esse não poderão mais ser expurgados da avaliação das distribuidoras, ou seja, elas passarão a ser penalizadas caso não tenham uma previsão ou planejamento necessário para evitar esse tipo de evento”, disse o ministro.