Moraes autoriza Chiquinho Brazão a fazer exames para avaliar coração
Parlamentar pode escolher um cardiologista e deverá ser escoltado pela Polícia Federal
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) a realizar exames de coração. O político está preso desde 24 de março por desdobramentos da investigação da morte da ex-vereadora Marielle Franco, mas segue no cargo parlamentar. O deputado pode escolher um cardiologista e deverá ser escoltado pela Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República se manifestou contra o pedido de substituição da prisão preventiva por domiciliar, por não configurar nenhuma situação de debilidade física.
Leia Mais
“Nos termos da avaliação do médico cardiologista, verifica-se que apesar de clinicamente estável, é essencial realizar a avaliação médica presencial para reavaliar o quadro clínico e determinar a necessidade de cineangiocoronariografia”, disse.
O ministro também determinou que a defesa de Brazão informe a data, o horário e o local da realização do referido exame com cinco dias de antecedência à realização, para adoção das providências de praxe quanto a escolta policial”, afirmou. Brazão está preso na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS).
Ele foi citado em delação de Ronnie Lessa — que confessou o assassinato da vereadora Marielle Franco. Além dele, o irmão Domingos Brazão conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) também está preso.
Em dezembro, Moraes manteve a prisão preventiva de Domingos Brazão, do deputado Chiquinho Brazão, e do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Eles estão em presídios federais deste março deste ano.
Segundo a investigação da PF, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
A vereadora e o motorista Anderson Gomes foram alvo de um atentado em março de 2018, e não resistiram a disparos. O caso está sob investigação desde então.