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Alexandre de Moraes mantém prisão de ‘kids pretos’ e de agente da PF pela trama golpista

Decisões englobam integrantes dos núcleos 2 e 3 da ação penal; ainda não há data marcada para julgamento

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O ministro Alexandre de Moraes manteve a prisão de três militares e um agente da PF por tentativa de golpe de Estado.
  • As decisões atingem integrantes dos núcleos 2 e 3 da trama golpista, com ainda sem data de julgamento.
  • A Procuradoria-Geral da República (PGR) não viu motivos para revogar as prisões, apesar das defesas apresentadas.
  • Os acusados são ligados ao plano "Punhal Verde e Amarelo", que tinha como alvo o presidente Lula e o ministro Moraes.

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Decisão de Moraes atendeu a parecer da PGR sobre os quatro réus Antonio Augusto/STF - 18.09.2025

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão preventiva de três militares acusados de participação na tentativa de golpe de Estado. Eles respondem à ação penal que está no período de alegações finais e ainda não tem data marcada para julgamento.

As decisões, tomadas na terça (16) e quarta-feira (17), atingem o general da reserva Mário Fernandes, integrante do núcleo 2 da trama golpista; o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo; o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima e o agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares, integrantes do núcleo 3 — que engloba os “kids pretos”, integrantes do Comando de Operações Especiais do Exército.


A decisão de Moraes atendeu a parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os quatro réus. No caso de Rodrigo Bezerra de Azevedo, o ministro afirma que não há fatos novos que justifiquem a revogação da prisão.

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Em relação a Hélio Ferreira Lima, a defesa pediu o fim da prisão cautelar, alegando que o réu precisa corrigir provas impressas de alunos, candidatos a concursos militares internos no Exército Brasileiro.


O parecer foi de que “eventuais inconveniências causadas pela restrição não bastam para garantir a revisão da medida em vigor”. Caberia ao acusado adequar o cotidiano à cautelar estabelecida, e não o contrário, escreveu o relator.

Na petição do policial federal Wladimir Matos Soares, a defesa alegou problemas de saúde e mencionou episódios de tromboembolismo pulmonar. Na decisão, Moraes cita laudo que aponta estabilidade no quadro clínico e a realização de “tratamento adequado, oferecido pela própria estrutura penitenciária”.


Mário Fernandes, general da reserva e ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também seguirá preso. A defesa tentou a substituição da prisão por domiciliar, alegando tratamento desigual em relação a Bolsonaro. Moraes ressaltou que as situações são diferentes e que a prisão do militar está fundamentada em elementos próprios.

Os quatro réus respondem por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado. A denúncia da PGR contra eles foi recebida pela Primeira Turma do STF e, nesta segunda-feira (15), a PGR pediu a condenação de nove dos dez réus do núcleo dos “kids pretos”.


Punhal Verde e Amarelo

Além de incitar outros militares a aderir à trama golpista, segundo a acusação, o núcleo 3 teria operacionalizado o planejamento conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice, Geraldo Alckmin (PSB), então recém-eleitos, e do ministro Alexandre de Moraes.

O objetivo da “tarefa” do grupo, composto pelos “kids pretos” Rodrigo Azevedo, Rafael Oliveira e Hélio Ferreira Lima, além do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares, era causar um caos social que possibilitasse uma medida de exceção.

Já a elaboração do plano criminoso em si, o “Punhal Verde e Amarelo”, foi atribuída pelas investigações ao general Mário Fernandes. Em uma operação denominada “Copa 2022″, que entrou em curso mas foi abortada, os acusados de participar dele utilizaram codinomes de países, cadastrados em linhas telefônicas em nomes de terceiros.

Perguntas e Respostas

Qual foi a decisão do ministro Alexandre de Moraes em relação aos militares acusados de tentativa de golpe de Estado?

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu manter a prisão preventiva de três militares acusados de participação na tentativa de golpe de Estado. Eles estão em um processo penal que ainda não tem data marcada para julgamento.

Quem são os militares que tiveram suas prisões mantidas?

Os militares cujas prisões foram mantidas são o general da reserva Mário Fernandes, integrante do núcleo 2 da trama golpista, e os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra de Azevedo e Hélio Ferreira Lima, além do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares, que fazem parte do núcleo 3, conhecido como “kids pretos”.

Qual foi o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os réus?

A decisão de Moraes atendeu ao parecer da PGR, que indicou que não havia fatos novos que justificassem a revogação da prisão de Rodrigo Bezerra de Azevedo. No caso de Hélio Ferreira Lima, a defesa argumentou que ele precisava corrigir provas impressas, mas o relator afirmou que as inconveniências não eram suficientes para revisar a medida cautelar.

O que foi alegado na defesa do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares?

A defesa de Wladimir Matos Soares alegou problemas de saúde, mencionando episódios de tromboembolismo pulmonar. Contudo, Moraes citou um laudo que indicava estabilidade no quadro clínico e tratamento adequado oferecido pela estrutura penitenciária.

O que foi dito sobre Mário Fernandes e sua defesa?

Mário Fernandes, ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, também permanecerá preso. Sua defesa tentou substituir a prisão por domiciliar, alegando tratamento desigual em relação a Bolsonaro, mas Moraes destacou que as situações eram diferentes e que a prisão do militar estava fundamentada em elementos próprios.

Quais são as acusações enfrentadas pelos réus?

Os quatro réus respondem por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado. A PGR já havia pedido a condenação de nove dos dez réus do núcleo dos “kids pretos”.

O que o núcleo 3 planejava segundo as acusações?

O núcleo 3 é acusado de incitar outros militares a aderir à trama golpista e de ter planejado o chamado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de causar um caos social que possibilitasse uma medida de exceção.

Como foi a elaboração do plano criminoso “Punhal Verde e Amarelo”?

A elaboração do plano “Punhal Verde e Amarelo” foi atribuída ao general Mário Fernandes. Durante uma operação chamada “Copa 2022”, que foi abortada, os acusados utilizaram codinomes de países e registraram linhas telefônicas em nomes de terceiros.

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