Moraes mantém prisão de Mário Fernandes após manifestação da PGR
General é acusado de participar de um plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva
Brasília|Gabriela Coelho e Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes manteve a prisão do general Mário Fernandes, acusado de participar de um suposto plano para matar, em dezembro de 2022, o ministro Alexandre de Moraes, o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice, Geraldo Alckmin. A decisão ocorre após a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestar contra a revogação da prisão do militar.
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Nessa quarta-feira (25), em manifestação enviado ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, justificou que não houve fatos novos para embasar a liberdade de Fernandes e disse que a prisão está fundamentada em elementos que demonstram risco concreto à ordem pública. Além de Mário, Moraes também manteve a prisão do general Walter Braga Netto.
À Corte, a defesa de Fernandes pediu a revogação da prisão preventiva do militar devido “a absoluta inexistência dos requisitos”. Em resposta, o ministro apontou a existência de “robustos e gravíssimos indícios” da participação do militar para o planejamento de um golpe de Estado.
“Os elementos trazidos aos autos comprovam a existência de gravíssimos crimes e indícios suficientes da autoria, além de demonstrarem a extrema periculosidade dos agentes, integrantes de uma organização criminosa, com objetivo de executar atos de violência”, diz o documento.
Segundo a PF (Polícia Federal), Mário Fernandes é denominado de “Punhal Verde e Amarelo”. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mário Fernandes assumiu interinamente a Secretaria-Geral da Presidência. Na época do ocorrido, Fernandes era secretário-executivo da pasta.