A Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Corregedoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriram investigações para apurar a conduta da promotora Marya Olímpia Ribeiro Pacheco. Em 17 de setembro de 2016, ela publicou em seu perfil pessoal do Facebook sete postagens com propaganda nazista – imagens de cartazes do regime e mensagens de apoio ao ditador Adolf Hitler. As postagens foram reveladas pela imprensa nessa quarta-feira (22). Entre as postagens, há exaltações à figura de Hitler e imagens da suástica, símbolo principal do nazismo, regime responsável pelo extermínio de milhões de judeus, ciganos e homossexuais na Alemanha. Em uma das postagens, há a mensagem "Kämpft für führer und volk" ("lute pelo líder e pelo povo", em tradução livre do alemão). Outra convoca os trabalhadores a serem soldados de Hitler. A Lei 7.716/1989 prevê como crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. No caso do MPDFT, a apuração ainda é preliminar, e não há prazo para apresentação de defesa aberto. Já a investigação do CNMP é referente a uma reclamação disciplinar. A promotora foi notificada para, no prazo de 10 dias, oferecer as informações que entender pertinentes. “Após analisar a resposta da promotora, a Corregedoria Nacional do MP irá decidir que providências serão tomadas”, disse o órgão, em nota. A promotora, que é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, se disse parte de “milícia das mídias sociais” em prol do mandatário. A foto de perfil dela no Facebook é um retrato ao lado de Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo. Em outra postagem, ela publicou uma “crachá” de miliciana: Marya Olímpia é filha do ex-delegado Hitler Mussoline Domingues Pacheco. Ele ficou conhecido por causa do nome, supostamente dado por seu pai para homenagear o ditador nazista alemão Adolf Hitler e ditador fascista italiano Benito Mussolini. Depois da repercussão do caso, a promotora apagou parte das postagens. O R7 tenta contato com a promotora.