MPT denuncia Sérgio Camargo por assédio moral
Justiça determina que presidente da Fundação Cultural Palmares se manifeste sobre denúncia
Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília
A 21ª Vara do Trabalho de Brasília determinou nesta quarta-feira (01/09), que o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, se manifeste sobre uma denúncia de assédio moral movida contra ele pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A decisão foi do juiz substituo Gustavo Carvalho Chehab e teve por base relatos de trabalhadores da entidade.
O MPT havia pedido anteriormente o afastamento de Sérgio Camargo de suas funções na fundação por causa de acusações de perseguição político-ideológica e preconceito racial e religioso contra servidores do órgão. De acordo com o MPT, a perseguição se instalou com a chegada de Sérgio Camargo à Presidência da fundação e ficou ainda mais difusa após a reunião convocada com o então Secretário de Cultura Roberto Alvim.
A petição do MPT diz ainda que Sérgio Camargo monitora as redes sociais dos funcionários para localizar aqueles que ele julga como “esquerdistas”. O texto afirma que desde sua posse Sérgio Camargo desafia a ordem jurídica, empreendendo um processo de perseguição ideológica daqueles que trabalham na instituição e de intimidação do trabalho técnico objeto da Fundação, configurando assédio moral institucional e interpessoal.
Sérgio Camargo tem 15 dias para se manifestar sobre as acusações. O MPT terá de esclarecer junto a Justiça trabalhista se há mais evidências das acusações.