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Mulher de Ramagem compartilha imagens de reencontro do deputado com filhas nos EUA

Rebeca Ramagem diz que não é possível encontrar ‘justiça imparcial’ no país e ‘proteção das filhas’ é prioridade

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Rebeca Ramagem compartilha vídeo do deputado Alexandre Ramagem reencontrando filhas nos EUA.
  • Ela afirma que a fuga foi necessária devido à falta de "justiça imparcial" no Brasil.
  • Ramagem foi condenado a 16 anos e 1 mês de reclusão por envolvimento em atividades golpistas.
  • Câmara dos Deputados não foi informada sobre a saída do deputado do país, que ocorreu em setembro.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Segundo a esposa de Ramagem, ela e as filhas chegaram aos EUA há uma semana Reprodução/Instagram/@rebecaramagem - 23.11.2025

A mulher do deputado federal foragido, Alexandre Ramagem (PL-RJ), publicou um vídeo mostrando o reencontro do parlamentar com as filhas. Segundo Rebeca Ramagem, a ação de deixar o país foi necessária porque não existiria ‘justiça’ imparcial no Brasil.

“Hoje, infelizmente, não encontramos no país a garantia de uma justiça imparcial. Somos vítimas da lawfare e temos enfrentado uma perseguição política desumana”, afirma.


✍️ Lawfare: estratégico do sistema jurídico como uma arma para prejudicar adversários políticos, econômicos ou militares.

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Ainda segundo a publicação, a família do parlamentar teria desembarcado no país há uma semana e que, apesar da fuga do Brasil, eles continuam mantendo a esperança de voltar ao país algum dia.


“De onde estivermos, seguiremos firmes na luta em defesa dos nossos valores e do que acreditamos ser o melhor para o Brasil e todos os brasileiros. Continuaremos acreditando na possibilidade de construir um Rio de Janeiro ‘bom para quem é de bem’”, disse.

Fuga de Ramagem

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes decretou nesta semana a prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).


O parlamentar deixou o Brasil apesar de estar condenado a 16 anos e 1 mês de reclusão por participação na trama golpista e proibido de sair do país.

Ramagem estaria em Miami, nos Estados Unidos, o que motivou o pedido do PSOL pela prisão preventiva e levou a Polícia Federal e a PGR (Procuradoria-Geral da República) a defenderem a medida.


Moraes deverá pedir a inclusão do nome do deputado na difusão vermelha da Interpol.

Ramagem saiu do Brasil em setembro. Ele teria viajado até Boa Vista e seguido por terra até a fronteira com a Venezuela ou a Guiana antes de embarcar para os EUA.

A Câmara dos Deputados afirmou não ter sido comunicada da viagem. O deputado apenas apresentou atestados médicos cobrindo os períodos de 9 de setembro a 8 de outubro e de 13 de outubro a 12 de dezembro.

Ex-diretor da Abin e aliado de Bolsonaro

Alexandre Ramagem Rodrigues é ex-delegado da Polícia Federal e aliado histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A relação se consolidou na campanha de 2018, quando Ramagem foi designado para chefiar a segurança pessoal de Bolsonaro após o ex-presidente ser esfaqueado em Juiz de Fora (MG).

No início de 2019, já no governo Bolsonaro, Ramagem foi nomeado superintendente da PF no Ceará, mas deixou o cargo para ingressar na política. Passou um período como assessor no Palácio do Planalto e, em junho daquele ano, foi escolhido para chefiar a Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Na posse, Bolsonaro destacou a proximidade dos dois, dizendo que “grande parte do destino da nação” passaria pelas mãos de Ramagem. Ele foi eleito deputado federal em 2022 com 59.170 votos.

Em outubro de 2023, Ramagem foi alvo de operação da PF no gabinete e no apartamento funcional. A corporação investigou o uso ilegal da Abin para monitorar ministros do STF, políticos, jornalistas e advogados, por meio da ferramenta FirstMile. Segundo a PF, a Abin teria realizado 33 mil rastreamentos ilegais, incluindo o monitoramento de Alexandre de Moraes.

A operação “Vigilância Aproximada”, desdobramento da “Primeira Milha”, cumpriu 21 mandados de busca e levou à prisão de dois servidores da Abin. Nas redes, Ramagem atribuiu a investigação a uma suposta “austeridade” implementada na gestão Bolsonaro.

Condenação por trama golpista e recursos ao STF

Ramagem foi condenado pelo STF por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, recebendo pena de 16 anos, 1 mês e 15 dias em regime fechado, além de perder o mandato.

O Supremo suspendeu a análise de crimes relacionados ao 8 de Janeiro, como dano qualificado ao patrimônio da União, porque teriam ocorrido após sua diplomação como deputado.

A defesa tentou reduzir a pena, alegando participação de “menor importância” na trama golpista, e pediu a suspensão da condenação por organização criminosa, argumentando que o crime teria natureza permanente e também teria continuado a ocorrer após ele receber o diploma de deputado.

Os advogados afirmam ainda que o STF foi omisso ao aplicar automaticamente a perda do cargo de delegado da PF.

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