‘Não há democracia plena sem a voz das mulheres’, diz Lula em conferência
Presidente do Brasil ressaltou importância do legado feminino e da conquista de mais espaço na política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (29) que “não há democracia sem a voz das mulheres”. “De todas as mulheres: negras, indígenas, do campo”, listou.
A declaração foi dada durante a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília. A última conferência foi realizada em 2016, no governo da então presidente Dilma Rousseff.
Lula ainda acrescentou que o futuro da humanidade é feminino. “Portanto, se preparem, mais dias, menos dias, vocês vão estar governando esse planeta, muito mais com o coração do que com a cabeça, porque o coração é muito mais centrado que a razão”, afirmou.
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No discurso, Lula também reforçou a importância da conferência para o fortalecimento da democracia.
“As conferências significam a primeira demonstração de que democracia não é apenas o povo votar. Além de votar, o povo precisa fiscalizar, além de fiscalizar, o povo tem que propor, e ajudar a fazer. E mais importante do que ajudar a fazer é ajudar a cuidar das coisas que a gente fez. Essa é a coisa que pode simbolizar a democracia. Não é dizer: ‘O presidente fez tal coisa’. É dizer: ‘Nós fizemos tal coisa, porque nós participamos’”, defendeu.
Para Lula, a realização da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres devia ser celebrada, porque marca o retorno do evento depois de “dez anos de repetidas tentativas de calar a voz das mulheres”.
“Quantas vezes vocês foram interrompidas ou caladas por homens que se julgam mais inteligentes, mais sábios e mais entendidos em qualquer assunto? Quantas vezes tiveram que expor suas ideias e opinião em um fôlego só, sem pausa, para não serem interrompidas no meio do raciocínio?”, questionou Lula, defendendo o protagonismo feminino.
Conferência de Políticas para as Mulheres
Nesta 5ª edição, o governo espera reunir cerca de 4.000 participantes, entre trabalhadoras do campo e da cidade, mulheres negras, indígenas, com deficiência, jovens, idosas, das comunidades tradicionais e da economia solidária, entre outras.
O tema deste ano é “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”. O encontro, que vai até quarta-feira (1º), é coordenado pelo Ministério das Mulheres e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, ressalta que a conferência marca um momento estratégico para o fortalecimento da democracia e das políticas públicas voltadas às mulheres.
“O Ministério das Mulheres e o CNDM [Conselho Nacional dos Direitos da Mulher] estão aqui para acolher todas as mulheres, de todos os setores. Quem cuida das mulheres, cuida da sociedade. Essa é a nossa determinação: garantir às mulheres o seu protagonismo”, afirmou.
O encontro desta semana em Brasília é resultado da mobilização que percorreu todo o país desde abril deste ano. As etapas preparatórias mobilizaram, segundo o governo, mais de 156 mil brasileiras em conferências municipais, estaduais, regionais, distrital e em encontros livres e temáticos.
Na pauta de debates, estão questões como:
- Enfrentamento às desigualdades sociais, econômicas e raciais;
- Combate à violência contra as mulheres;
- Aumento das mulheres em espaços de poder e decisão;
- Fortalecimento das políticas de cuidado e de autonomia econômica;
- Saúde, educação e assistência social;
- Fim da escala 6x1; e
- Direitos reprodutivos.
As propostas construídas durante a conferência servirão de base para a atualização do novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.
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