'Não pode politizar um momento desse', diz Múcio após encontro de Bolsonaro e embaixador de Israel
Segundo o ministro da Defesa, o governo está focado na repatriação dos brasileiros que ainda estão em Gaza
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
Depois do encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, nesta quarta-feira (8), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que a “preocupação atual é salvar vidas”, e não “politizar”. A declaração foi dada nesta quinta-feira (9), na cerimônia de reconhecimento ao trabalho prestado pela Força Aérea Brasileira (FAB) durante a Operação Voltando em Paz.
“Nossa preocupação primeiro é salvar vidas, não pode politizar um momento desse, não pode partidarizar um momento desse. Se todos estiverem se procurando para que todos se somem para salvar vidas, isso é uma coisa que pode interessar. Ficar fazendo política com a vida dos outros eu acho que não é interessante, mas é uma questão mais da diplomacia brasileira, do setor político do governo”, disse Múcio.
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Segundo o ministro, o governo federal está pronto para continuar a operação de repatriação dos brasileiros que aguardam na fronteira de Gaza com o Egito. Na cerimônia, o secretário de Comunidades Brasileiras e Assuntos Consulares e Jurídicos, Leonardo Nogueira, afirmou que o interesse é retirar os brasileiros do conflito o “mais rápido possível”.
Embaixador de Israel
Após uma fala do embaixador de Israel sobre a prisão pessoas ligadas ao grupo Hezbollah, o secretário disse que não opinaria sobre o assunto, mas que o Brasil tem as “melhores relações com o governo de Israel” e que “não há nenhum ruído” no vínculo entre os países.
“Acabamos de retirar de Israel, com a colaboração do governo israelense, 1.400 brasileiros e seus familiares próximos. Não é certamente algo que teria ocorrido se houvesse algum desconforto”, disse Leonardo Nogueira.
Operação contra terroristas
Na quarta-feira (8), a Polícia Federal realizou uma operação contra indivíduos que articulavam atos terroristas no Brasil. Duas pessoas ligadas ao grupo Hezbollah foram alvo de mandados de prisão temporária, e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos com o objetivo de obter as provas de um possível recrutamento de brasileiros para as ações extremistas no Brasil.