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Novos vídeos mostram que aluna ameaçada com arma portava faca

Caso aconteceu em frente a uma escola pública no Distrito Federal; Polícia Civil ainda vai ouvir jovem que estava com arma de fogo

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília


Jovem aponta arma para o rosto de uma aluna em frente a uma escola pública no DF
Jovem aponta arma para o rosto de uma aluna em frente a uma escola pública no DF

O R7 teve acesso a mais dois vídeos que mostram a briga entre duas jovens em frente ao Centro Educacional São Francisco, em São Sebastião, no Distrito Federal. As imagens foram gravadas por estudantes. A confusão, na terça-feira (22), terminou com uma jovem de 19 anos, identificada como Rafaela Vitória Ferreira Borges, e que não faz parte da escola, apontando uma arma para o rosto de uma adolescente, aluna da instituição.

Nas novas filmagens (veja no vídeo abaixo), é possível ver de relance que a aluna ameaçada com um revólver portava uma faca, e que ela apontou o objeto cortante para outra garota, que é amiga da jovem de 19 anos. O desentendimento que culminou na confusão ocorreu por motivos banais e teve início ainda na segunda-feira (21).

As duas adolescentes se desentenderam porque a de estatura mais baixa havia denunciado uma terceira jovem, amiga da garota mais alta, e que estaria matando aula. A jovem resolveu tirar satisfações e disse que reuniria amigas para bater na garota menor, e ainda teria ameaçado esfaquear a adversária.

A menina que foi ameaçada contou à polícia que soube por terceiros que a garota maior chegou a procurá-la no fim da aula, no mesmo dia, com um grupo de amigas, mas ela já tinha ido embora. No dia seguinte, as duas não se encontraram na entrada.

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Na saída, porém, com medo de apanhar, a garota mais baixa ligou para Rafaela e pediu que ela a buscasse na escola. Inicialmente, a mais velha permaneceu incógnita entre os outros estudantes, mas reagiu quando a garota maior puxou a faca. “Quando ela viu a amiga ameaçada, ela puxou a arma”, relatou o delegado responsável pelas investigações, o chefe-adjunto da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião), Ulysses Luz.

De acordo com Luz, Rafaela não tem antecedentes criminais, mas o marido dela já foi preso por tráfico. A advogada de Rafaela tinha ficado de comparecer à 30ª DP na tarde desta sexta (25). Mas, até por volta de 17h10, não havia cumprido com o compromisso. A cliente dela é a única das três principais envolvidas na confusão que ainda precisa prestar depoimento. Ela poderá responder por porte ilegal de arma de fogo e ameaça.

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As adolescentes foram ouvidas como vítimas, mas a jovem que portava a faca também poderá responder por ato infracional análogo a crime de ameaça. O delegado afirmou que, para conter a violência nas unidades de ensino, será preciso uma ação multifatorial, que não se limite ao policiamento.

“O problema é que esse é um crime de fácil repressão mas difícil prevenção. Se as escolas estão violentas, essa é uma questão multifatorial, que precisa ser combatida por várias frentes, com educação, distribuição de renda e outras políticas públicas”, destacou o delegado.

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Fora de controle

Os casos de violência nas unidades de ensino do DF têm se tornado recorrentes. No mesmo dia em que ocorreu a confusão em frente ao São Francisco, um estudante de 15 anos esfaqueou uma colega de 14 dentro do Colégio Fundamental do Bosque, também em São Sebastião.

Na quarta (23), a Secretaria de Educação afastou um diretor que foi filmado dando uma "voadora" nas costas de um adolescente. Ele atingiu o garoto para separar uma briga no Centro de Ensino Fundamental 8, em Taguatinga.

Também na terça, jovens trocaram socos e chutes em frente ao Centro de Ensino Médio 01, em Brazlândia. Em outro caso, no Centro de Ensino Médio 3, em Ceilândia, na última sexta-feira (18), um estudante foi esfaqueado depois de trocar agressões com outro jovem.

Em 9 de março, quatro adolescentes foram filmados brigando no pátio de uma escola em Santa Maria. E dois dias antes, novamente em São Sebastião, três homens assaltaram um ônibus escolar.

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