Número de estabelecimentos que falsificam bebidas cresce 566% em 4 anos, diz pesquisa
Brasil tem registrado alta nos casos de intoxicação de bebidas por metanol, que pode deixar sequelas físicas ou levar à morte
Brasília|Do R7, em Brasília
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Em quatro anos, o número de estabelecimentos usados para falsificar bebidas saltou de 12 para 80, um aumento de 566%, segundo dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação, que consideram os anos de 2020 a 2024.
Nos últimos dias, o Brasil vem registrando aumento nos casos de intoxicação pelo consumo de bebidas misturadas com metanol, produto que pode deixar sequelas físicas ou levar à morte.
O mercado ilegal e a falsificação de bebidas gerou um prejuízo de R$ 88 milhões ao setor no ano passado. Além disso, a entidade estima que, no caso de destilados, até 36% do mercado do país é composto por bebidas falsificadas.
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É estimado que a estatística referente à falsificação de bebidas ultrapasse a de cigarro. “A circulação de bebidas alcoólicas adulteradas no Brasil vem aumentando nos últimos anos, com analistas apontando uma crescente presença do crime organizado em um negócio que movimenta bilhões de reais. Além do tradicional uísque, bebidas que se tornaram populares no país recentemente, como o gim e o vinho, passaram a ser destaque nas falsificações”, aponta a associação.
Outros dados apontam que houve um aumento de 170% nos volumes apreendidos no último ano, o que coincide com o crescimento das operações de investigação e fiscalização. Esse número é de um levantamento feito pela Associação Brasileira de Bebidas, que trabalha em parceria com as Polícias Federal, Civil e Militar, além de Procons.
Mais de 160 mil bebidas falsificadas foram apreendidas em 2025
O volume de apreensões de bebidas adulteradas no Brasil já ultrapassou 160 mil produtos apenas em 2025, segundo a Abrade (Associação Brasileira de Bebidas). Do total, 18 mil itens foram recolhidos na região de Campinas (SP).
Além das mercadorias, operações também resultaram na apreensão de insumos, equipamentos, veículos e computadores em posse dos investigados.
O balanço foi divulgado na segunda-feira (29), em meio aos recentes casos de intoxicação por metanol confirmados em São Paulo.
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