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‘O Brasil perde uma de suas principais vozes’, diz Barroso sobre morte de Cid Moreira

O jornalista, locutor e apresentador morreu aos 97 anos, nesta quinta-feira, em Petrópolis, no Rio de Janeiro

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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Cid Moreira faleceu nesta quinta-feira aos 97 anos Daniel Ebendinger.

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, lamentou nesta quinta-feira (3) a morte de Cid Moreira. O jornalista, locutor e apresentador morreu aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis (RJ). A causa da morte foi falência múltipla de órgãos após quadro de pneumonia. Cid enfrentava problemas nos rins e fazia diálise com frequência.

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“Com a partida de Cid Moreira, o Brasil perde uma de suas principais vozes. Jornalista experiente, levou ao Brasil algumas das mais relevantes notícias dos nossos tempos. Lembrar do ‘Boa noite’ de Cid Moreira é rememorar alguns dos melhores anos de minha vida. Desejo conforto aos amigos e familiares”, disse Barroso.


Nascido em Taubaté (SP), Cid Moreira deu início à sua trajetória profissional aos 15 anos, quando começou a trabalhar como contador na rádio Difusora da cidade. Sua voz marcante e de timbre grave chamou a atenção, levando-o a ser convidado para atuar como locutor pouco tempo depois.

Formado em contabilidade, em 1947, mudou-se para a capital paulista e foi trabalhar na rádio Bandeirantes. Naquele período, também atuou como locutor oficial na campanha política de Ademar de Barros, um dos proprietários da emissora.


Em 1951, Cid foi contratado pela rádio Mayrink Veiga, permanecendo por 12 anos e consolidando-se como uma das principais vozes do rádio brasileiro.

‌Durante esse período, também trabalhou em produções cinematográficas, narrando documentários e atuando em filmes, como Angu de Caroço (1955) e Traficantes do Crime (1958). Sua voz tornou-se icônica nos jornais de cinema, que eram exibidos por todo o país.


Em 1969, Cid Moreira alcançou projeção nacional ao se tornar âncora do Jornal Nacional, da Rede Globo, programa que apresentaria por quase três décadas, até 1996. Ele dividiu a bancada com Hilton Gomes na estreia do jornal e, em sua última edição, esteve ao lado de Sérgio Chapelin.

‌Além de seu trabalho no jornalismo, Cid Moreira ficou famoso por narrar a versão em áudio da Bíblia, gravada em 2001. Ao longo de seus 70 anos de carreira, Cid publicou o livro Boa Noite, cujo título homenageia sua saudação característica ao final de cada edição do jornal que apresentava.


‌Cid era casado havia mais de 20 anos com Fátima Sampaio e enfrentou algumas polêmicas com a mulher nos últimos anos de vida. Roger e Rodrigo Moreira, filhos de Cid, acusaram Fátima de manter o apresentador em cárcere privado, dar comida estragada, além de alegar que Cid não conseguia tomar decisões sozinho. Na época, o caso foi arquivado pela Justiça por falta de provas.

Em outro episódio polêmico, os filhos tentaram comprovar, com áudios antigos, que o pai já tinha um relacionamento com Fátima quando ainda estava em outro casamento. Roger e Rodrigo também acusaram a atual mulher do pai de vender bens do marido sem o consentimento da família.

No ano passado, Cid revelou, com exclusividade ao R7, que estava magoado com os filhos devido às brigas na Justiça.

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