O que a PGR diz sobre cúpula da PMDF e Anderson Torres na suposta tentativa de golpe
Anderson Torres, então secretário de Segurança, e mais duas pessoas da PMDF foram denunciadas pela PGR
Brasília|Do R7, em Brasília

Na denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao STF (Supremo Tribunal Federal), a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal é citada como participante da suposta tentativa de golpe de Estado. Assim como o então secretário de Segurança, Anderson Torres.
O documento indica que a cúpula da PMDF falhou em prevenir e conter os atos criminosos de 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes.
A SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública) contava com canal aberto para o compartilhamento de informações sobre as manifestações e os eventos que pudessem impactar a segurança pública no Distrito Federal. Porém, não agiu de forma eficaz diante das informações disponíveis.
A PGR afirma que a omissão da PMDF e o “grave descumprimento de deveres funcionais por parte de seus membros” apontariam adesão, mesmo que subjetiva, aos planos do suposto golpe. Segundo o documento assinado por Gonet, a corporação não agiu para prevenir os eventos criminosos, mesmo tendo condições e informações para tal.
A falta de ação, de acordo com a denúncia, contribuiu para a destruição do patrimônio e os outros atos ocorridos na Praça dos Três Poderes.
Os citados
São citadas pela PGR as seguintes pessoas:
• Anderson Gustavo Torres: Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal à época dos fatos. A PGR o responsabiliza por coordenar e supervisionar todas as ações de segurança e articular as operações entre os diversos órgãos da SSP-DF. É acusado de descumprimento deliberado do dever de prevenir os atos de 8 de janeiro.
• Fernando de Sousa Oliveira: Secretário-Executivo da SSP-DF, atuava como o segundo em comando na coordenação das ações de segurança. Também é acusado de omissão e descumprimento do dever de prevenir os atos de 8 de janeiro.
• Marília Ferreira de Alencar: Subsecretária de Inteligência da SSP-DF, responsável pela produção, análise e disseminação de informações estratégicas. É acusada de comportamento omissivo e de não compartilhar informações relevantes para a segurança pública, contribuindo para os eventos de 8 de janeiro.
• Jorge Henrique da Silva Pinto: Coronel da Polícia Militar do Distrito Federal. Criou o grupo de WhatsApp “Difusão” para auxiliar na solução de incidentes durante os protestos previstos para janeiro de 2023. Do grupo citado, ele é o único que não aparece como denunciado.
