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O que você precisa saber para se sair bem no Concurso Nacional Unificado

São 6.640 vagas em 21 órgãos federais; R7 traz dicas para quem deseja fazer uma boa prova no chamado 'Enem dos concursos'

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

É possível se inscrever para o CNU até 9 de fevereiro
É possível se inscrever para o CNU até 9 de fevereiro Arquivo/Agência Brasil

Com inscrições abertas até 9 de fevereiro, o Concurso Nacional Unificado (CNU) oferece 6.640 vagas em 21 órgãos federais. A seleção, segundo especialistas, traz boas oportunidades de aprovação para candidatos menos experientes por exigir conceitos que não eram cobrados em concursos anteriores. Veja a seguir dicas para quem deseja ingressar em uma carreira pública por meio do CNU.

A prova é um novo desafio para qualquer candidato, de acordo com o professor de Informática e TI em cursos preparatórios Deodato Neto. "As matérias são bem diferentes. Matérias como diversidades, a parte de políticas públicas, a parte de transparência da Inteligência Artificial. Então, são conteúdos que não são cobrados em provas como em concurso comum. Isso quer dizer que quem começar a se preparar agora tem condição de passar", explica.

Segundo o especialista, outro fator que torna o CNU interessante é o número expressivo de vagas. "São quase 7.000 vagas. Seria bom destacar que há candidatos que decidem atirar para todos os lados e acabam não passando em nada. 2024 traz boas oportunidades de aprovação. Mas é preciso ter um foco, é preciso focar uma área".

Deodato aconselha focar em alguma área
Deodato aconselha focar em alguma área Reprodução / Rede Social

Segundo o professor, o bloco com mais vagas é o 4, que é para auditor fiscal do trabalho. Deodato explica que o candidato até pode focar vários concursos, desde que na mesma área.


"Se o candidato focar determinada área, ele aumenta muito as chances de aprovação", aconselha. Quanto aos editais, o professor afirma que o melhor a ser feito melhor é focar a estrutura básica que, segundo ele, é o que mais cai em prova: português, direito constitucional, direito administrativo, informática e raciocínio lógico.

Regras do Concurso Nacional Unificado

Os interessados em fazer a prova do CNU, mais conhecido como "Enem dos concursos", podem se inscrever pelo site da Fundação Cesgranrio, banca organizadora da seleção. É preciso ter conta no Gov.br para fazer a inscrição.


O concurso é divido em oito blocos temáticos, sendo sete de nível superior e um de nível médio. Os candidatos do nível superior podem concorrer a diversas vagas, desde que sejam do mesmo bloco.

É necessário titulação específica em alguns cargos, ou seja, o candidato que não apresentar a formação específica da função, não poderá tomar posse.


É possível se inscrever em mais de um bloco?

Não. O candidato poderá se inscrever em apenas um bloco temático. O edital prevê que o candidato concorra a quantos cargos quiser. Vale lembrar que a ordem de preferência indicada no momento da inscrição é classificatória. Mesmo se aprovada em mais de um cargo, a pessoa será alocada conforme a ordem de preferência.

Bloco 1: Infraestrutura, exatas e engenharia

Bloco 2: Tecnologia, dados e informação

Bloco 3: Ambiental, agrário e biológicas

Bloco 4: Trabalho e saúde do servidor

Bloco 5: Educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos

Bloco 6: Setores econômicos e regulação

Bloco 7: Gestão governamental e administração pública

Bloco 8: Nível intermediário

Posso mudar de bloco após a inscrição?

Apenas os candidatos do bloco 1 a 7 podem trocar de bloco após a inscrição. A mudança pode ser feita até a data do período de inscrições. Caso os candidatos inscritos no Bloco 8 (nível médio) queiram realizar a mudança será necessário o pagamento de uma nova taxa de inscrição e não haverá devolução de valores já pagos.

Como fica a classificação para a segunda e terceira opções? E a lista de espera?

O candidato que não estiver classificado para sua primeira opção, mesmo que assuma outro cargo, ainda estará na lista de espera dos cargos indicados como prioritários no momento da inscrição.

O mesmo vale para o candidato que tiver tomado posse em uma vaga. Posteriormente, pode ser convidado para um cargo de sua preferência.

Haverá lista de espera ou cadastro de reserva?

O CNU prevê um banco de candidatos para aqueles que não foram aprovados na primeira opção de cargo, escolhida no momento da inscrição. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos poderá fazer chamamentos a cada seis meses ou conforme a necessidade e o fluxo de liberação e desocupação dos cargos do concurso até o fim do prazo de validade, que é de 12 meses.

Qual são os critérios de desclassificação?

Serão eliminados os candidatos que obtiverem aproveitamento inferior a 40% da pontuação nas provas objetivas de conhecimentos gerais e de conhecimentos específicos ou obtiverem nota zero na redação.

As políticas de cotas serão adotadas por bloco ou cargo?

As cotas serão aplicadas por especialidades, segundo a distribuição nos blocos. Pessoas com deficiência terão 5% das vagas reservadas; pessoas negras terão reservadas 20% das vagas e indígenas terão 30% das vagas destinadas aos cargos da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Confira as vagas por órgão

• Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI): 1.480

• Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): 900

• Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): 742

• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 620

• Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): 520

• Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai): 502

• Advocacia Geral da União (AGU): 400

• Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): 310

• Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI): 296

• Ministério da Saúde: 220

• Ministério da Justiça e Segurança Pública: 130

• Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC): 110

• Ministério da Educação (MEC): 70

• Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO): 60

• Ministério da Cultura (Minc): 50

• Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): 50

• Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): 40

• Ministério dos Direitos Humanos (MDH): 40

• Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): 40

• Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq): 30

• Ministério dos Povos Indígenas (MPI): 30

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