ONU diz que está ‘horrorizada’ com operação no Rio que deixou mais de 60 mortos
Operação mais letal da história do Rio de Janeiro terminou com pelo menos 64 mortos, entre eles quatro policiais
Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília
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A ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que está “horrorizada” com a operação policial no Rio de Janeiro que deixou pelo menos 64 mortos. Em uma publicação nas redes sociais, a ONU destacou a tendência de operações letais em favelas brasileiras.
“Estamos horrorizados com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro, que já teria resultado na morte de mais de 60 pessoas, incluindo 4 policiais. Esta operação mortal reforça a tendência de consequências letais extremas das operações policiais em comunidades marginalizadas do Brasil”, disse.
A operação de terça-feira (28) tinha como intuito o combate ao Comando Vermelho nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. Ao todo, 81 pessoas foram presas ao longo do dia. Outros 60 suspeitos foram mortos, além de quatro policiais. Essa foi a operação mais letal da história da cidade.
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Após o início da ação, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticou o presidente Lula, cobrou o governo federal e afirmou que o RJ estava “sozinho” e sem ajuda do Executivo. Apesar disso, informou “não ter pedido forças federais desta vez”.
“Tivemos pedidos negados três vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO [Garantia da Lei e da Ordem]. E o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia, uma razão para não estar colaborando”, criticou.
Horas depois, em coletiva de imprensa, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, rebateu o governador. “Não recebi nenhum pedido do governador do Rio de Janeiro, enquanto ministro da Justiça e Segurança Pública, para esta operação. Nem ontem, nem hoje, absolutamente nada”, respondeu.
Nesta quarta-feira (29), uma comitiva do governo federal vai ao Rio de Janeiro para discutir com o governador Cláudio Castro medidas de enfrentamento ao crime organizado. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também colocou à disposição vagas no sistema penitenciário federal.
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