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R7 Brasília

Para PCDF, Frederick Wassef foi vítima de tentativa de homicídio

O delegado Sérgio Bautzer, da 10ª DP, concluiu que Adroaldo Juliani teria cometido tentativa de homicídio contra o advogado

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

A Polícia Civil do DF concluiu o relatório sobre a confusão envolvendo o advogado do presidente da República, Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, em um restaurante do Lago Sul, área nobre de Brasília. O delegado plantonista da 10ª Delegacia de Polícia Sérgio Bautzer indiciou Adroaldo Juliani por tentativa de homicídio. O acusado foi preso após o ataque, mas está em liberdade. Ele também responderá por direção perigosa e porte de arma branca, pois carregava um canivete no dia da briga.

O caso ocorreu em 21 de agosto, por volta de 17h40. Wassef se dirigiu à delegacia após o ataque no restaurante. "Se uma pessoa está inerte no local e ocorre um crime, o nome disso é crime. Eu estava na rua fora do restaurante, ao telefone. Tudo isso está filmado. A mulher me vê de longe e passa a atacar o presidente e a mim. Não esboço reação. As filmagens mostram que eu fico inerte, não faço nada. Eles entram no carro e vão embora", disse Wassef ao R7 por telefone.

O advogado também disse que foi perseguido com uma faca e não um canivete, como consta no relatório. Além da agressão contra Wassef, o delegado mencionou crimes de ameaça de Adroaldo contra Deborah Aparecida Souza Beze Aguiar, que estava grávida, e o marido dela, Fernando Gomes da Câmara, que acompanhavam Wassef. Segundo consta no relatório, no caso, Adroaldo teria cometido crimes de ameaça.

Após a confusão, o advogado procurou a 10ª DP para fazer uma ocorrência, e a Polícia Militar levou Adroaldo para a unidade. O suspeito, porém, foi encaminhado para depor na 1ª DP (Asa Sul). Além dos depoimentos, os investigadores tiveram acesso às câmeras de segurança do restaurante.


A confusão

No relatório consta o depoimento de um garçom, que disse ter atendido Adroaldo, acompanhado da mulher, da filha e de dois homens. Posteriormente, ele teria ouvido a mulher falar com a filha que havia xingado "o empregado do Bolsonaro". Nesse momento, Adroaldo tinha assumido uma postura conciliadora.


Ainda segundo a testemunha, pouco depois, o acusado voltou afirmando que Wassef teria dado em cima de sua mulher no banheiro. O funcionário disse à polícia ter visto o momento que o homem puxou a faca. Wassef correu e foi perseguido. O agressor saiu e voltou uma terceira vez, e voltou-se contra o casal que acompanhava Wassef. Queria saber onde o advogado estava e afirmava que eles saberiam.

Outro depoente, que também esteve na mesa com Wassef, disse não ter visto o advogado falar com nenhuma outra mulher e que viu a vítima, após a fuga, pegar uma cadeira para usar como escudo contra o agressor. Ele também afirmou que Adroaldo parecia muito alterado, falava palavras desconexas, teria quebrado um copo na mesa próximo à mulher grávida, e que teria ameaçado, inclusive, pegar uma arma de fogo.


Trechos do relatório

Em um dos trechos do relatório, o delegado plantonista afirma que "as filmagens do circuito de segurança do estabelecimento (...) apontam de forma segura e incontestável que jamais a vítima Frederick Wassef se aproximou de Márcia Janete Juliani ou do banheiro feminino, muito menos de qualquer outra mulher".

"As imagens obtidas a partir da captação ambiental mostram exatamente o contrário do que fora alegado pelo autor dos crimes no local de fato, quando bradava aos quatro ventos, de faca em punho, que frederick Wassef havia assediado sua mulher", afirma o documento.

Em seu depoimento, Adroaldo afirmou, por sua vez, que entendeu errado o que a mulher falou. Quando chegaram em casa, ela teria dito que Wassef estaria "falando besteira na saída do banheiro". Ela estaria fazendo menção a questões políticas, e não a um suposto assédio.

"O relatante entendeu que o advogado havia assediado sua esposa, pegou o carro, retornou ao restaurante, foi até a mesa do advogado, bateu com a mão na mesa e disse: 'por que você estava assendiando minha esposa?", reproduz o relatório.

O R7 tenta contato com Adroaldo.

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