A inflação oficial do ano passado perdeu ritmo em relação ao registrado em 2022 e fechou em 4,62%. Apesar disso, os grandes vilões dos preços em 2023 foram as passagens aéreas, o azeite de oliva, frutas e legumes, e as tarifas de trem. Os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (11). O item que ficou mais pesado no bolso do brasileiro no ano passado foi o morango (75,5%), seguido pelo pepino (54%). Terceiro colocado da lista, o bilhete aéreo ficou 47% mais caro no ano passado. Em setembro, último dado disponibilizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o preço médio da passagem de avião ficou em R$ 747. A reportagem entrou em contato com o órgão e pediu o preço médio do bilhete aéreo em 2023, valor que será incluído assim que enviado. Outro vilão é o azeite de oliva, presença obrigatória em várias casas brasileiras, que registrou alta de 37%. Ainda na dispensa, também puxaram a inflação de 2023 para cima itens como abobrinha (44%), tangerina (43%) e cenoura (41%). Fundamental nas metrópoles brasileiras, o transporte sobre trilhos também foi responsável pela escalada dos preços. A pesquisa mostrou que ficou mais caro se locomover, já que as passagens de trem registraram alta de 18,91% no ano passado. Um exemplo foi o município de São Paulo, onde a tarifa de integração do transporte público passou de R$ 7,65 para R$ 8,20. A principal dupla do prato do brasileiro merece destaque. O arroz e o feijão também registraram alta nos indicadores. Enquanto o primeiro fechou o ano com 24,54% mais caro, o feijão-preto teve aumento de 13,2% e o do tipo fradinho fechou o ano de 2023 com alta de 8,03. A inflação oficial no Brasil encerrou 2023 em 4,62%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que considera os preços praticados para famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos. O valor é 0,13 pontos percentuais abaixo do teto da meta, que era de 4,75%. A meta entre 1,75% e 4,75% foi estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em dezembro passado. Ao longo de 2023, não foram observadas oscilações constantes no indicador. Em nenhum dos meses o índice chegou a 1%. Apenas em junho ocorreu deflação (-0,08%).IPCA mensal 2023 - Janeiro - 0,53% - Fevereiro - 0,84% - Março - 0,71% - Abril - 0,61% - Maio - 0,23% - Junho - 0,08% - Julho - 0,12% - Agosto - 0,23% - Setembro - 0,26% - Outubro - 0,24% - Novembro - 0,28% - Dezembro - 0,56%• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto A inflação oficial de preços do Brasil terminou 2022 com alta de 5,79% e furou pelo segundo ano consecutivo o teto da meta de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 2% a 5%). Segundo o IBGE, o desempenho foi influenciado pelo aumento de preço dos alimentos, das roupas e dos itens de saúde e cuidados pessoais.