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R7 Brasília

Pastores acusados de pedir propina não vão se explicar no Senado

Gilmar Santos e Arilton Moura não vão à Comissão de Educação nesta quinta; eles alegam já terem prestado esclarecimentos à Justiça

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto e Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

O ministro Milton Ribeiro em reunião com o pastor Arilton Moura (de camisa azul claro)
O ministro Milton Ribeiro em reunião com o pastor Arilton Moura (de camisa azul claro) Luis Fortes/MEC - 30.11.2021

Os pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura se recusaram a comparecer à audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, marcada para esta quinta-feira (7), em que teriam que explicar pedidos de propina no MEC (Ministério da Educação). 

Eles são acusados junto com o ex-ministro da Educação — e também pastor — Milton Ribeiro de tráfico de influência para direcionar recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Um deles teria solicitado pagamento em 1 kg de ouro para atuar junto ao ministério.

Tanto Gilmar Santos como Arilton Moura enviaram à comissão carta por meio de seus advogados em que se recusam a comparecer à audiência, alegando já terem prestado todos os esclarecimentos à autoridade judicial competente.

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A atuação de Gilmar Santos e Arilton Moura na liberação de recursos da Educação mediante propina foi relevada pela imprensa no mês passado. Posteriormente, também foi divulgado um áudio no qual o ex-ministro diz que dava prioridade a pedidos feitos pelo pastor Gilmar, por demanda do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). 


A Polícia Federal informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que foi aberto inquérito para investigar o caso. O ato atendeu a uma determinação da ministra Cármen Lúcia.

O ex-ministro Milton Ribeiro pediu demissão do cargo em 28 março, no Palácio do Planalto. Ele foi exonerado da função como uma tentativa de arrefecer a crise provocada pelo escândalo. Integrantes da ala política do governo e até representantes da bancada evangélica no Congresso Nacional defendiam a saída de Ribeiro.


Milton Ribeiro também não compareceu à comissão

O ex-ministro informou no último dia 30 de março ao presidente da Comissão de Educação do Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), que não compareceria à audiência pública do colegiando que estava marcada para o dia seguinte (31). A ausência dele gerou reação entre os senadores. Integrantes da comissão ameaçam instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar suspeitas e convocar Milton.

Milton Ribeiro confirmou em depoimento à Polícia Federal que Bolsonaro pediu a ele que recebesse os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no Ministério da Educação. Segundo fontes ouvidas pelo R7, Ribeiro negou ter conhecimento de cobrança de propina, mas assumiu ter recebido os religiosos no ministério.

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