PCDF busca vítimas de estelionatário que se passava por advogado
Homem praticava estelionato sentimental: ganhava a confiança de mulheres para roubar dinheiro delas
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal divulgou fotos de Fernando Ribeiro Sousa, suspeito de "estelionato sentimental". Os investigadores da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) querem identificar vítimas do suspeito, já que há relatos nas redes sociais de diversas moradoras de Planaltina que afirmam terem sido vítimas do estelionatário.
O homem, de 51 anos, foi preso no bairro Jardim Paquetá, em Planaltina (GO) na semana passada. As investigações começaram em março deste ano, depois que uma das vítimas, moradora do município, denunciou o caso. À mulher, o homem teria dito que era advogado, mas sequer é formado em direito, segundo os investigadores.
De acordo com a polícia, ele e a moça chegaram a namorar. O suspeito frequentava festas de família, conhecia os amigos da companheira e a pediu em casamento. No entanto, depois de roubar R$ 16 mil da família da noiva, ele desapareceu sem deixar rastros, ocasião em que foi denunciado.
Durante as buscas, os policiais identificaram outras denúncias contra eles desde 2008, por crimes de estelionato e extorsão.
Ao enganar as vítimas para conseguir dinheiro, ele agia sempre de maneira parecida: dizia ser advogado para conquistar a confiança, e, em seguida, as persuadia a depositar empréstimos na conta dele.
Nos casos relacionados aos crimes de extorsão, Fernando Ribeiro chantageava mulheres e pedia dinheiro para não divulgar na internet vídeos íntimos delas. Além disso, cobrava recompensas para devolver carros supostamente roubados por ele.
A Polícia localizou o suspeito na quinta-feira passada, na casa dele, em Planaltina. Durante a abordagem, ele tentou fugir, mas foi rendido pelos policiais. No momento da prisão, ele declarou: “Não me dão oportunidade, então, eu ganho muito, muito dinheiro com estelionato”. Há ainda um mandado de prisão contra ele expedido pela Justiça de Goiás.
No local, os policiais encontraram diversos indícios dos crimes: carteira e broches oficiais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), fotos de mulheres, cartas em que exigia os depósitos para não vazar as imagens, fotos de carros reproduzidas das redes sociais em que as vítimas relatam os roubos dos veículos. Depois de passar por audiência de custódia, ele continua preso preventivamente para responder pelo crime de estelionato.