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R7 Brasília

Pedido de vista não beneficia Chiquinho Brazão, afirma deputado Gilson Marques

Parlamentar pediu vista na análise da prisão de um dos principais suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle

Brasília|Deborah Hana Cardoso, da RECORD

Marques pediu vista do pedido de prisão de Brazão
Marques pediu vista do pedido de prisão de Brazão Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) pediu vista na análise da prisão do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), suspeito de ser mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados começou a analisar o caso nesta terça-feira (26).

O pedido de vista é a solicitação feita por deputado membro de comissão para análise da proposição que se encontra em processo de deliberação no colegiado. O pedido pode ser feito após a leitura (ou a sua dispensa) do parecer à matéria constante da pauta e o anúncio do processo de votação. Na prática, o procedimento atrasa a análise do caso.

Criticado pelo pedido por parlamentares e pelas redes sociais, Marques disse à RECORD que o pedido de vista garante que Brazão fique preso. "Se fosse decidido hoje, apressado pela CCJ, isso viria a plenário e poderia soltá-lo", acrescentou.


Para o deputado, há uma confusão sobre o que significa vista e análise. "Se o investigado está solto, precisa haver celeridade. Com ele preso, há mais tempo para analisar o processo e ainda prejudica a defesa, que quer celeridade", defendeu. O parlamentar afirmou ainda que não entende porque as pessoas acham que a decisão dele beneficiaria Brazão. "A demora de seis anos deste caso ajudou Brazão a prejudicar as investigações e a sociedade", afirmou.

Gilson Marques afirmou que o Novo ainda não deliberou sobre como se posicionará sobre a cassação. "Ainda não conversamos, mas a maior probabilidade é de o partido votar pela manutenção da prisão", afirmou.

A CCJ voltará a analisar o processo na segunda semana de abril. De acordo com o regimento interno, serão duas sessões de análise antes da ida do pedido ao plenário.

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