PF faz buscas em endereços de sobrinho de Bolsonaro na 19ª fase da operação Lesa Pátria
As medidas são cumpridas em cinco cidades; operação foi autorizada pelo STF
Brasília|Rafaela Soares, do R7, e Natália Martins, da Record TV, em Brasília
A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (25) cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão na 19ª fase da Operação Lesa Pátria. As medidas são cumpridas em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF). Um dos alvos é o sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro Léo Índio. A polícia faz buscas em endereços ligados a ele. Ao todo, as medidas são contra 12 investigados. A defesa de Léo Índio informou que buscas já tinham sido realizadas e nada foi encontrado (leia nota abaixo).
Índio foi candidato pelo PL à Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2022, mas não foi eleito. Ele também foi assessor parlamentar no Senado. Esta é a segunda fez que a polícia cumpre mandados em endereços ligados a ele. A primeira foi em janeiro.
Os mandados de prisão foram cumpridos nas cidades de Santos (SP), Cuiabá (MT), onde ocorreram duas prisões, e Cáceres (MT). Veja a lista:
- José Carlos da Silva, de Cuiabá (MT) (também alvo de buscas);
- Luiz Antônio Villar de Sena, de Cuiabá (MT);
- Cézar Guimarães Galli Júnior, de Cuiabá (MT);
- Fabrício Cisneiros Colombo, de Cáceres (MT);
- Walter Pereira, de Santos (SP).
O R7 tenta contato com as defesas dos citados. O espaço permanece aberto.
A PF afirma que os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
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A operação tem como principal objetivo identificar pessoas que incitaram os fatos ocorridos no 8 de Janeiro, participaram deles e os financiaram. Na ocasião, extremistas depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Defesa
Confira a nota completa da defesa do sobrinho de Bolsonaro, Léo Índio:
A defesa de Leo Índio informou que “ no início do inquérito, já houve um mandado de busca e apreensão emitido em desfavor dele, e nada foi encontrado. Não é novidade alguma. O nome dele foi incluído no inquérito que apura os atos infracionais do dia 08/01, e até o presente momento, inobstante o pedido da defesa de acesso ao STF aos termos do inquérito,ainda não foi autorizado”.