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R7 Brasília

PF investiga grupo que em três anos movimentou R$ 1,2 bilhão com lavagem de dinheiro

Polícia Federal cumpre 62 mandados de busca e apreensão, 10 de prisão preventiva e três de prisão temporária nesta quarta

Brasília|Do R7, em Brasília

Grupo enviava dinheiro para contas estrangeiras para despitar polícia PF/Divulgação - 0

A PF (Polícia Federal) investiga um grupo de operadores financeiros que prestavam serviços a diversas organizações criminosas em todo o Brasil e que teriam movimentado pelo menos R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos. Ao todo, a polícia cumpre 62 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão temporária em nove estados do país.

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Chamada de Operação Alcaçaria, a ação conta com o apoio da Secretaria da Receita Federal. Além dos mandados de busca e de prisão, foram decretados o sequestro de bens imóveis e veículos, o bloqueio de valores em contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas, e a apreensão de grande quantidade de gado em propriedade rural vinculada a um dos líderes da organização criminosa.

Segundo a polícia, o grupo realizava depósitos de valores em espécie em contas de empresas de fachada, com sócios “laranjas”, em agências bancárias de todo o país. Com o rastreamento do dinheiro, a PF identificou que parte dos valores eram convertidos em criptoativos e enviados a carteiras operadas no exterior.

Nessas carteiras, os criptoativos eram convertidos em dólares para o pagamento de fornecedores de drogas e armas. Os recursos teriam sido utilizados, por exemplo, para a aquisição de imóvel de luxo em Itapema (SC) e, até mesmo, pagamento de cirurgias de cidadãos estrangeiros em hospitais de alto custo em São Paulo.


A investigação também apura a participação de diversas outras empresas de “fachada” e exchanges de criptoativos responsáveis por fornecer ativos virtuais a doleiros. Esses doleiros seriam responsáveis pela evasão de divisas e lavagem de dinheiro para atividades criminosas em todo o Brasil, em prática conhecida como “cripto-cabo”.

As investigações apuram os crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, evasão de divisas, operação de instituição financeira ilegal e uso de documento falso.

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