PF pede à CPI compartilhamento de provas contra empresas de Maximiano
Delegado cita Precisa Medicamentos, Global, Primares e Primarcial, ligada a Danilo Trento, diretor institucional da Precisa
Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília
A Polícia Federal pediu nesta quarta-feira (13) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid o compartilhamento de provas obtidas pela comissão que envolvem o grupo econômico liderado por Francisco Maximiano, sócio-proprietário da empresa Precisa Medicamentos e sócio-presidente da Global Gestão em Saúde, do mesmo grupo da Precisa.
O delegado José Augusto Campos Versiani, da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, com sede em Brasília, cita as duas empresas e fala ainda da Primarcial Holding, do diretor institucional da Precisa, Danilo Trento, e da Primares Holding, que tem Maximiano como sócio. As companhias "foram identificadas como parte de grupo que efetuava a engenharia financeira de empresas ligadas a Francisco Maximiano, Danilo Bernt Trento e Gustavo Bernt Trento [irmão de Danilo]", pontuou.
A Primarcial tem sede no mesmo endereço da Primares Holding. O pedido do delegado se dá no âmbito da investigação que apura fraude na condução de processos de aquisição de medicamentos de alto custo pelo Ministério da Saúde, "em que existiu suposto intento de favorecer a empresa Global".
A Global Saúde teve contrato firmado com o Ministério da Saúde no período em que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), era ministro. O Ministério Público Federal (MPF) já apontou em apuração que a empresa fechou um contrato para fornecimento de remédios de alto custo, mas não o honrou, causando prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres públicos.