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R7 Brasília

PF vai investigar incêndio que atinge pelo menos 700 hectares do Parque Nacional de Brasília

Em nota, a corporação confirmou a instauração do inquérito; DF amanheceu sobre nuvem de fumaça nesta segunda

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Incêndio já atingiu pelo menos 700 hectares

A PF (Polícia Federal) vai investigar o incêndio que atinge o Parque Nacional de Brasília, próximo à Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República. Em nota enviada ao R7, a corporação confirmou a instauração do inquérito, mas disse que não serão fornecidas mais informações por enquanto. Nesta segunda-feira (16) diversas regiões do Distrito Federal amanheceram encobertas por uma nuvem de fumaça.

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O incêndio começou no domingo (15) e um militar do Corpo de Bombeiros chegou a se ferir no combate às chamas. O homem teve 50% do corpo queimado e foi levado ao hospital. Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), o fogo atinge uma área densa de vegetação, com muitas árvores e focos isolados, o que dificulta o combate às chamas.

Até o momento, pelo menos 700 hectares, dos 42 mil hectares do parque, foram atingidos. Atuam no local 30 bombeiros, 10 brigadistas do Ibram (Brasília Ambiental), cinco brigadistas da Floresta Nacional, três brigadistas da APA (Área de Proteção Ambiental) Planalto Central, e 18 brigadistas do parque nacional.

Na manhã desta segunda-feira, os grupos fizeram uma reunião para determinar a linha de ação no combate as chamas. O incêndio acontece alguns dias depois da Floresta Nacional de Brasília ter 45,85% do território, o equivalente a 2,5 mil hectares, atingido por outro incêndio.


Na ocasião, especialistas ouvidos pelo R7 destacaram que incêndios nesta época do ano, no auge da seca, são sempre criminosos.

“Incêndios nesse período muito seco são sempre criminosos. O natural é ter incêndio quando começa o período de chuvas, com algum raio iniciando as chamas. Colocar fogo, mesmo sem a intenção de causar um incêndio, é crime da mesma forma. Nessa época, qualquer faísca pode gerar um grande incêndio”, explicou o Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação em Biodiversidade e Restauração Ecológica do ICMBio, Alexandre Sampaio.


Sampaio também alertou que sem investimento, a floresta pode não se recuperar dos estragos causados pelo fogo. “A vegetação do Cerrado típica, mais aberta, rebrota e cresce muito rápido. No entanto, as matas na beira dos cursos d’água são um desastre, e a regeneração pode levar anos ou talvez nunca aconteça sem investimento e intervenção adequados”, explica.

A mesma dificuldade de recuperação pode ser enfrentada pelo Parque Nacional de Brasília.

Orçamento de emergência

No domingo, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino determinou a disponibilização de um orçamento de emergência climática para enfrentar os incêndios florestais que atingem diversas partes do país. Na decisão, Dino determinou também o uso do Funapol (Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal) para mobilizar recursos e permitir que o órgão trate como prioridade os inquéritos sobre queimadas e incêndios.

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