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R7 Brasília

PGR pede ao Supremo que arquive inquérito sobre deputado que pediu CPMI do 8 de Janeiro

André Fernandes (PL-CE) é o autor do requerimento de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito no Congresso

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Vândalos nos protestos de 8 de janeiro, em Brasília
Vândalos nos protestos de 8 de janeiro, em Brasília

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que arquive o inquérito que apura se o deputado André Fernandes (PL-CE) incitou os atos extremistas do 8 de Janeiro. Dois dias antes dos acontecimentos, em 6 de janeiro, Fernandes compartilhou nas redes sociais uma postagem em que mencionava os protestos. "Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, primeiro ato contra governo Lula. Estaremos lá!", escreveu. 

Em maio, a Polícia Federal concluiu que o deputado, autor do requerimento de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional para investigar o 8 de Janeiro, incitou os atos extremistas. 

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No documento, a corporação afirmou que o parlamentar "praticou a conduta [de] incitar, publicamente, a prática de crime, qual seja, de tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes constitucionais".

Contrariando a PF, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos afirmou que não há provas para continuar a investigação. "É evidente que uma publicação em rede social pode, sim, levar a uma influência causadora de um resultado delitivo, mas, neste caso, replicar um conteúdo já conhecido por milhares torna impossível conhecer o nível de influência da postura do investigado, o que torna a causalidade, em caso de eventual continuidade da persecução penal, apenas uma suposição indemonstrável", disse. 

O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao STF, em 11 de janeiro, a abertura de um inquérito para investigar Fernandes, além das também deputadas Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP), por terem usado as redes sociais para incitar os atos de vandalismo. A situação das duas parlamentares ainda não foi definida.

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