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Polícia Civil do DF faz buscas em endereços de investigados por venda de atestados falsos

Apuração policial mostrou que quatro farmacêuticos produziram ao menos 273 documentos fraudulentos nos últimos três anos

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Valores cobrados variavam entre R$ 50 e R$ 90
Valores cobrados variavam entre R$ 50 e R$ 90 Valores cobrados variavam entre R$ 50 e R$ 90 (Divulgação/Polícia Civil DF - 23/02/2024)

A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) realizou buscas em endereços ligados a quatro farmacêuticos investigados pela produção e venda de atestados médicos falsificados. Os valores cobrados variavam entre R$ 50 e R$ 90, dependendo do tempo de afastamento. Segundo as investigações, o grupo falsificou ao menos 273 documentos médicos nos últimos três anos. Os seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em duas farmácias, localizadas na Vila São José, em Brazlândia (DF), e na Vendinha (GO), e nas residências dos investigados.

Segundo a PCDF, os suspeitos se comunicavam com os clientes por meio de um grupo em um aplicativo de mensagens. Assim que os pagamentos eram confirmados, um membro preenchia a documentação com o dia e horário do suposto atendimento médico e colocava o registro do CID (Classificação Internacional de Doenças) para justificar o afastamento.

Quando o comprador tinha dúvidas quanto à enfermidade, os próprios farmacêuticos faziam sugestões. O atestado de um dia custava R$ 50; por um comprovante para dois dias, o trabalhador pagava R$ 70; enquanto a licença de três dias saía por R$ 90.

A polícia descobriu a fraude quando um médico atuante em Brazlândia recebeu uma prescrição de remédio controlado com carimbo idêntico ao dele e assinatura falsificada. Os investigadores concluíram que os suspeitos confeccionavam carimbos idênticos aos profissionais de saúde que assinavam as receitas verdadeiras recebidas nas farmácias.

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Um dos alvos foi preso preventivamente em julho de 2023. Na época, os agentes localizaram blocos de receituários e atestados em branco na casa dele; . Na casa de uma comparsa, a polícia localizou artes de carimbo prontas, com dados de 11 médicos do DF.

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