Polícia Civil do DF mira grupo que fornecia drogas para servidores de órgãos públicos
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos e quatro pessoas foram presas em flagrante nesta quinta
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal realizou nesta quinta-feira (10) uma operação contra um grupo criminoso que fornecia drogas para servidores e colaboradores do STF (Supremo Tribunal Federal) e outros órgãos públicos. Nomeada Operação Shadow, os mandados foram cumpridos em Samambaia (DF), Ceilândia (DF) e em Águas Lindas de Goiás (GO). Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos e quatro pessoas foram presas em flagrante com a atuação de 50 policiais.
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Durante a operação, foram apreendidos dois quilos de maconha, cerca de R$ 3 mil em espécie, uma balança de precisão, caderno de anotações, três munições calibre .38 e um veículo. Segundo o delegado responsável pelo caso, Rafael Catunda, da 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), a investigação começou há aproximadamente um ano.
“Ela iniciou após a prisão de um indivíduo que era terceirizado e prestava alguns serviços em órgãos públicos aqui da capital. No decorrer da investigação a gente viu que ele era apenas um elo entre os usuários, via de regra servidores com alto poder executivo, e esses traficantes que foram alvos da operação de hoje”, explicou.
Um dos envolvidos na ação desta quinta-feira é um homem de 34 anos, que atuava como intermediário na logística de distribuição dos entorpecentes. O suspeito já está envolvido em casos de lesão corporal, desobediência e violência doméstica no âmbito da Lei Maria da Penha.
Outro alvo, de 37 anos, possui histórico criminal desde 2009, com passagens por porte de substâncias entorpecentes para consumo pessoal e tráfico de drogas.
Um homem de 23 anos e outro de 36 anos também foram presos. O primeiro possui registro por porte de entorpecentes, enquanto o segundo possui passagens por crimes graves, incluindo roubo, receptação e porte de arma. O homem de 36 anos estava em prisão domiciliar, mas continuava a colaborar com a organização criminosa.
Os quatros envolvidos vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico, com penas que podem varia de 5 a 15 anos de reclusão.