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R7 Brasília

Por envolvimento no assassinato do índio Galdino, jovem é reprovado em concurso da polícia

Gutemberg Nader Almeida Junior não passou na etapa de vida pregressa e investigação social

Brasília|Do R7, com TV Record


Apesar de ter passado em quase todas as etapas do concurso para agente da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), Gutemberg Nader Almeida Junior - um dos envolvidos no assassinato do índio Galdino, em 1997 - foi reprovado na etapa de investigação "sindicância de vida pregressa e investigação social". O resultado definitivo foi divulgado na última quinta-feira (24) no site do Cespe/UnB (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília), responsável pelo processo seletivo. 

Gutemberg Nades Almeida Junior, que era menor de idade na época do crime, havia sido aprovado em cinco etapas do processo seletivo da Polícia Civil. Obteve aprovação nas provas objetivas, discursiva, exames biométricos, avaliação médica e avaliação psicológica.

Na etapa seguinte, “sindicância de vida pregressa e investigação social”, o nome do jovem não consta na lista. Em nota divulgada nessa quinta-feira (25), a Polícia Civil confirmou que o jovem passou nas primeiras etapas do concurso, mas foi reprovado administrativamente na avaliação de vida pregressa. O jovem deve recorrer à Justiça.

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A possibilidade de admissão de Gutemberg Junior divide especialistas. O advogado Jairo Lopes considera possível e justificável a entrada do jovem no serviço público uma vez que ele já respondeu pelo crime.

— Se ele, por mérito próprio, foi aprovado no concurso e o próprio Direito Penal possibilita que até os reabilitados, enquanto maiores, possam a vir se reintegrar na sociedade, por que não ele? - questionou.


Já o advogado Max Kolbe diz que o edital é claro no que diz respeito ao impedimento do jovem

— Baseado em critérios de legalidade e vinculação do edital, me parece que é absolutamente plausível, razoável e justificável a exclusão dele de aprovado no cargo de agente da Polícia Civil - frisou.

O índio Galdino foi queimado em uma parada de ônibus da 703 Sul por cinco jovens de classe média do DF, entre eles Gutemberg, que tinha apenas 17 anos quando participou do crime. Ele respondeu por ato infracional análogo ao crime de homicídio. Os outros rapazes – Max Rogério Alves, Antônio Novely Vilanova, Tomás Oliveira de Almeida, Eron Chaves de Oliveira – foram condenados por homicídio triplamente qualificado e condenados a 14 anos de prisão em 2001.

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