Brasília Presidente da CPI do MST quer prolongar funcionamento da comissão por 60 dias

Presidente da CPI do MST quer prolongar funcionamento da comissão por 60 dias

Os trabalhos do colegiado deveriam durar até setembro; seu presidente defende mais tempo para a construção do relatório

  • Brasília | Hellen Leite, do R7, em Brasília

Zucco quer mais tempo para a CPI do MST

Zucco quer mais tempo para a CPI do MST

Bruno Spada/Câmara dos Deputados - Arquivo

O presidente da CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), afirmou que quer ampliar o prazo de funcionamento da comissão por dois meses. O colegiado foi instalado em maio e deveria ter os trabalhos finalizados em 28 de setembro. Contudo, Zucco afirma que a falta de sessões parlamentares em julho prejudicou o andamento das investigações. A CPI tem como objetivo principal apurar quem são os financiadores das ocupações feitas pelo movimento social.

Para que os trabalhos sejam prorrogados, é necessária a aprovação de um requerimento pela própria comissão, que deve ser apresentado ainda em agosto. Antes disso, Zucco deve procurar o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para conversar sobre o assunto.

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"Perdemos, no mínimo, três semanas de trabalho com o recesso branco e com a semana pelo Infoleg [sistema de votação remoto]", afirmou Zucco ao R7. Antes do recesso parlamentar, Lira liberou os deputados de registrar presença física na Casa. Com isso, as deliberações da semana ocorreram remotamente, o que prejudicou algumas comissões.

Além do aumento do tempo de funcionamento da CPI, a oposição também vai mirar quadros do governo federal. Para esta terça-feira (1º), está programado o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias. 

Zucco quer que o ex-ministro explique quais foram as providências tomadas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para o monitoramento das invasões de terra no país entre janeiro e março deste ano, quando houve um aumento significativo das atividades do MST.

Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça determinou a Gonçalves Dias que compareça à CPI. O magistrado, entretanto, assegurou a Dias o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação em respostas que possam responsabilizá-lo.

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